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Síria vive os primeiros combates entre Exército e rebeldes após cessar-fogo

Imagem tirada de um vídeo postado no YouTube mostra manifestantes carregando bandeiras em protesto contra o governo sírio no subúrbio de Damasco | YouTube/Reprodução/AFP
Imagem tirada de um vídeo postado no YouTube mostra manifestantes carregando bandeiras em protesto contra o governo sírio no subúrbio de Damasco (Foto: YouTube/Reprodução/AFP)

O Exército sírio e os rebeldes se enfrentaram nesta sexta-feira (13) em uma localidade próxima à fronteira com a Turquia, nos primeiros combates entre os dois lados desde o cessar-fogo que entrou em vigor na quinta-feira (12), informou à Agência Efe um dirigente opositor.

O "número dois" do Exército Livre Sírio (ELS), Malek Kurdi, explicou que os enfrentamentos, que não deixaram vítimas, começaram quando os tanques do regime sírio dispararam contra membros de seu grupo e assediaram a população de Jarbat al Guz, em Idlib.

Kurdi assinalou em uma conversa por telefone que, embora houvesse uma ordem para que os soldados do ELS se retirassem do local, "eles foram obrigados a enfrentar os soldados sírios para pôr fim ao assédio".

Após os choques, tanto os tanques do regime como os rebeldes retornaram a suas posições, apontou o subcomandante-em-chefe do ELS desde sua base no sul da Turquia.

Esta versão foi confirmada por grupos opositores e de direitos humanos, que indicaram que um grande número de tanques foi desdobrado em Jarbat al Guz, próximo da divisão dos rebeldes.

Kurdi aproveitou para indicar que o regime de Bashar al-Assad "não quer a tranquilidade, e sim procura diminuir a tensão para conter a ira da comunidade internacional".

Além dos incidentes em Idlib, os grupos opositores informaram que houve desdobramentos militares em localidades nos arredores de Damasco, na província de Deir ez Zor e de Deraa, enquanto aviões sobrevoaram Homs.

Esta jornada foi batizada de "Sexta-feira da revolução de todos os sírios", e a oposição ao regime de Assad convocou novas manifestações, assim como fizera na véspera.

A relativa calma que reina no país motivou ontem os maiores protestos dos últimos meses. Os ativistas denunciaram que as forças de segurança dispersaram várias das manifestações e abriram fogo contra os participantes.

Desde o início do conflito sírio, há mais de um ano, mais de nove mil pessoas já morreram no país.

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