Um grupo de soldados israelenses desobedeceu na segunda-feira ordens para demolir vários imóveis que colonos judeus construíram sem autorização na Cisjordânia ocupada.

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Uma porta-voz do Exército disse que dois dos soldados ficarão 30 dias presos e serão permanentemente afastados de posições de comando e combate. Outros ainda estão sendo investigados.

No mês passado, um motim semelhante gerou temores em Israel sobre uma rebelião de soldados que, por razões religiosas e políticas, se oponham à eventual retirada de colonos num futuro acordo de paz com os palestinos.

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"Deve-se enfatizar que as ações dos soldados foram fundamentalmente erradas e contraditórias com os valores centrais (dos militares)", disse nota do Exército de Israel.

Um fotógrafo da Reuters disse que duas casas de madeira acabaram sendo demolidas pela polícia no local do incidente, um posto avançado dos colonos erguido sem autorização do governo nos arredores da cidade de Hebron, na Cisjordânia.

A área era controlada por um batalhão de infantaria, e alguns soldados desse batalhão "não seguiram as ordens recebidas", disse a porta-voz militar, sem citar números exatos. O site YNet disse que seis soldados foram afastados.

No mês passado, um grupo de recrutas perturbou sua cerimônia de juramento no Muro das Lamentações, exigindo a manutenção da presença judaica na Cisjordânia. Naquela ocasião, os militares disseram que dois soldados foram condenados a 20 anos de prisão e removidos permanentemente da sua unidade.

Os palestinos dizem que os assentamentos israelenses inviabilizam a criação de um Estado palestino soberano na região.

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Numa polêmica reportagem no domingo, o jornal Haaretz informou que o capelão-chefe dos militares, general Avichai Rontzki, disse a recrutas religiosos na semana passada que eles não devem ter misericórdia com seus inimigos.