O governo do Sudão do Sul perdeu o controle de Bentiu, capital do estado produtor de petróleo de Unity, para tropas leais ao ex-vice-presidente Rick Machar. Segundo o porta-voz do Exército, coronel Philip Aguer, "Bentiu está nas mãos de um comandante que declarou apoio a Machar. Bentiu não está nas nossas mãos".

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Nos últimos dias, os rebeldes teriam tomado o controle de vários campos produtores de petróleo, produto que responde por 99% da receita do governo. Embora Juba, a capital do Sudão do Sul, esteja em calma, uma semana depois de um conflito entre membros da guarda presidencial terem dado início a combates em vários pontos do país, os confrontos continuam em outras regiões, especialmente nos estados de Unity e Jonglei.

As informações disponíveis são de que os combates são mais intensos em Bor, a capital de Jonglei. Em Washington, o Departamento de Estado dos EUA disse que tropas norte-americanas conseguiram retirar cerca de 380 cidadãos do país de Bor, além de 300 cidadãos de países aliados. Eles foram transportados para Nairóbi, no Quênia, e para Uganda.

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A missão da ONU no Sudão do Sul informou que todos os seus funcionários não essenciais estão sendo removidos de Juba para Uganda, numa "medida preventiva para reduzir as pressões sobre recursos limitados". A ONU disse que continua a prestar assistência humanitária e abrigo a mais de 20 mil civis que se refugiaram em seu complexo em Juba.

"Estamos aqui para ficar e vamos continuar com nossa determinação coletiva de trabalhar com e para o povo do Sudão do Sul. Para quem quer que queira nos ameaçar, nos atacar ou colocar obstáculos em nosso caminho, nossa mensagem continua alta e clara: nós não seremos intimidados", disse a enviada especial do secretário-geral da ONU para o Sudão do Sul, Hilde Johnson.

No sábado, três aviões militares Osprey dos EUA foram atingidos por rebeldes quando tentavam pousar em Bor para retirar civis norte-americanos; quatro militares dos EUA ficaram feridos nesse ataque, que obrigou os aviões a rumarem para Uganda.

Os conflitos começaram há uma semana com um confronto entre soldados de etnias diferentes da guarda presidencial. O presidente Salva Kiir é da etnia Dinka, enquanto o ex-vice-presidente Machar é da etnia Nuer. Em poucos dias, o conflito se espalhou para outras regiões do país.

O ministro da Informação, Michael Makuei Lueth, disse acreditar que Machar está escondido em algum lugar no estado de Unity. "Ele é um rebelde, um renegado, e estamos procurando por ele", disse o ministro.

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O Sudão do Sul separou-se do Sudão em 2011, depois de décadas de guerra civil.