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Motivação jurídica

Tribunal eleitoral suspende referendo na Bolívia

Enquanto Morales visita oficialmente o Irã, Corte boliviana cancela à consulta popular de Morales | ISNA / Reuters
Enquanto Morales visita oficialmente o Irã, Corte boliviana cancela à consulta popular de Morales (Foto: ISNA / Reuters)

A justiça eleitoral boliviana suspendeu o referendo convocado por decreto pelo presidente Evo Morales para que a população ratifique ou rejeite uma nova proposta de constituição para o país. A resolução foi tomada nesta sexta-feira à noite pela Corte Nacional Eleitoral da Bolívia. Morales encontra-se em visita oficial ao Irã e ainda não comentou a decisão.

Os juízes eleitorais alegaram motivação jurídica para se oporem à consulta popular. De acordo com a justiça eleitoral boliviana, a convocação de referendo é atribuição do Poder Legislativo, e não do Executivo.

"Nós suspendemos o referendo por causa de impedimentos jurídicos", disse o juiz eleitoral José Luis Exeni, presidente do tribunal. A convocação, segundo ele, "está nas mãos do Congresso Nacional".

Analistas acreditam que a decisão adia por tempo indeterminado a realização do referendo, uma vez que seria improvável uma aprovação da matéria pelo Congresso no curto prazo.

Enquanto a Câmara dos Deputados é dominada por parlamentares governistas, o Senado está nas mãos da ferrenha oposição conservadora ao socialista Evo Morales.

Morales aprovou a realização do referendo por meio de decreto na semana passada, a pedido de sindicatos e entidades sociais. Segundo a ordem de Morales, a votação ocorreria em 7 de dezembro.

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