Um tribunal de apelação do Egito ordenou hoje a libertação de 21 jovens egípcias, dentre elas sete adolescentes, condenadas em primeira instância à prisão por terem protestado em Alexandria, no norte do país, a favor do presidente deposto Mohammed Mursi, derrubado em julho.
A decisão converteu as penas das adultas, de 11 anos de prisão em regime fechado, a um ano em regime aberto. Já as sete adolescentes, que haviam sido condenadas a medidas socioeducativas até completar 21 anos, foram colocadas em liberdade condicional por três meses.
Na audiência de hoje, as 14 adultas se dirigiram algemadas ao banco dos réus com uma rosa na mão e a palavra liberdade escrita em suas palmas. As presas pertenciam ao movimento Sete da Manhã e haviam sido declaradas culpadas de crimes como perturbação da ordem pública e manifestação violenta.
Sua condenação, no dia 27 de novembro, havia sido muito criticada pelos defensores de direitos humanos no Egito e no mundo. O movimento que as 21 participavam era aliado à Irmandade Muçulmana, entidade à qual Mursi é vinculado e que afirma ter sido vítima de um golpe de Estado.
As condenações aconteceram em meio às restrições impostas pelo governo interino aos protestos. Todas as manifestações devem ser comunicadas ao Ministério do Interior com antecedência de três a quinze dias, em documento que deve mencionar o roteiro, as demandas e os dados pessoais dos organizadores.
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