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Tropas do governo sírio entraram em um distrito de refugiados palestinos e atacaram um hospital neste sábado (8), depois de um avanço da artilharia por quatro dias na região onde rebeldes se escondem, informaram ativistas da oposição.

As forças do presidente Bashar al-Assad lançaram ataques aéreos e artilharia para atingir áreas onde os rebeldes estão, colocando a infantaria apenas depois de muitos deles fugirem. Os ativistas disseram temer mortes de civis na região.

O conflito de quase 18 meses já se espalhou para além das fronteiras. Três foguetes disparados da Síria já acertaram uma cidade que faz fronteira com o Iraque, matando uma menina de 5 anos de idade, segundo moradores e autoridades iraquianas.

O uso de forças militares por Assad para conter o levante iniciado com protestos pró-democracia o fez perder muitos aliados árabes e muçulmanos, além do abandono por membros do governo e do Exército.

Dois diplomatas sírios na Malásia anunciaram na sexta-feira que se juntaram à oposição, de acordo com o canal Al Arabiya.

As defecções, no entanto, são vistas de forma simbólica, e Assad cada vez mais confia em um círculo fechado de parentes e membros da seita alawita para se manter no poder.

O ativista sírio Abu Yasser al-Shami disse que seus amigos em Yarmouk, uma área densamente populosa no campo de refugiados onde dez pessoas morreram na sexta-feira, já tinham abandonado a área neste sábado assim que as tropas entraram.

Quando os insurgentes entraram em áreas centrais da cidade em julho, rapidamente foram empurrados para distritos ao sul, como Yarmouk, onde a presença das forças estatais é menor.

Ativistas dizem que Assad reluta em usar a infantaria porque o Exército é feito principalmente de membros da maioria sunita, que traria mais riscos de desertores. Alguns soldados que já o abandonaram dizem que o ânimo está baixo e que apenas oficiais da seita alawita estão dando as ordens.

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