A Uber Technologies Inc contratou dois hackers para desenvolver seu sistema de carro autônomo – que trafega sem precisar de motorista. Charlie Miller (ex-Twitter) e Chris Valasek (ex-IOActive) ganharam notoriedade em julho, após acessar por uma rede de celular o sistema de um veículo Chrysler. Eles conseguiram controlar os sistemas de freio, o motor e as rodas sem encostar um dedo no carro. A invasão fez a montadora convocar o recall de 1,4 milhão de unidades.
“Eles trabalharão com os nossos principais engenheiros de segurança para continuar a construir programas de segurança de ponta do Uber”, anunciou a empresa em comunicado.
A Uber tem um Centro de Tecnologia Avançada em Pittsburgh, nos Estados Unidos, onde tem se concentrado em desenvolver uma tecnologia para carros autônomos. O projeto foi inicialmente desenvolvido dentro da Universidade Carnegie Mellon, também em Pittsburgh, e comprado pela empresa de carona gratuita. Junto com o projeto, a Uber contratou 40 cientistas da Carnegie Mellon que desenvolviam estudos de robótica.
A companhia também firmou parceria com a Universidade do Arizona para desenvolver a tecnologia e já realizou testes de rua com carros autônomos no Texas. Não há previsão de quando os carros autônomos serão suficientes seguros para transportar pessoas no trânsito diário.
Enquanto desenha um futuro sem motoristas, a Uber enfrenta resistência para começar a operar no Brasil. Em Curitiba há um projeto do vereador Chico do Uberaba (PMN) que proíbe a operação do serviço e prevê multa de R$ 1,7 mil para os motoristas do aplicativo flagrados com passageiros. Na sexta-feira (29), uma audiência pública na Câmara Municipal foi marcada por protestos de taxistas contra o serviço. A Uber não tem previsão de começar a operar na capital paranaense.