Homens uniformizados e armados, que seriam russos, marcham pela Crimeia| Foto: Reuters/Vasily Fedosenko

Putin diz que ainda há diferenças após conversa com Obama

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que ainda há diferenças com os Estados Unidos a respeito das abordagens e avaliações sobre a crise na Ucrânia, após uma conversa por telefone com o presidente norte-americano, Barack Obama, na quinta-feira (6), informou o Kremlin.

Em comunicado nesta sexta-feira (7), Putin disse que o novo governo de Kiev, que assumiu em um golpe anticonstitucional, impôs "decisões absolutamente ilegítimas para as regiões leste, sudeste e a Crimeia".

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O Serviço de Guardas de Fronteira (SGU) da Ucrânia denunciou nesta sexta-feira (7) que Moscou enviou até 30 mil soldados para a região autônoma da Crimeia, cujo Parlamento regional aprovou na quinta-feira (6) de maneira unilateral a reunificação com a Rússia. Os 30 mil soldados já estão na ilha e o número é o dobro do previsto anteriormente pelo governo de Kiev.

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Serhiy Astakhov, assessor do chefe do Serviço de Guardas de Fronteira, disse que o número era uma estimativa e incluía tanto as tropas que tinham chegado desde a semana passada, quanto a Frota do Mar Negro, frota russa com sede permanente do porto de Sebastopol, na Crimeia.

O diretor de Recursos Humanos do SGU, Mikhail Koval, não esclareceu quantos soldados ucranianos permanecem na península rebelde, mas assegurou que todos os destacamentos da guarda de fronteiras e das Forças Armadas desdobradas na Crimeia seguem em seus postos.

A Rússia, cujas forças ocuparam a península na semana passada, diz que as únicas tropas na Crimeia são aquelas com base em Sebastopol.

O governo da Ucrânia disse que milhares de tropas adicionais chegaram e se espalharam por toda a península, o que seria uma violação ao tratado que rege governo da base.

No início desta semana havia um total de 16.000 soldados russos na Crimeia, mas as tropas russas já ocupam posições em toda a Crimeia, segundo fontes do governo ucraniano.

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Os soldados não usam insígnias em seus uniformes, mas dirigem veículos militares com placas russas.