Barricadas montadas pelos manifestantes nos protestos contra o governo| Foto: REUTERS/Yannis Behrakis

Oposição ucraniana diz que são mais de 100 mortos desde terça-feira em Kiev

A oposição ucraniana estimou nesta quinta-feira (20) em mais de cem o número de mortos nos violentos confrontos registrados desde terça-feira (18) em Kiev e que voltaram a se intensificar no centro da capital.

"Perdemos mais de cem pessoas desde o início dos confrontos", assegurou Aleksandr Turchinov, um dos dirigentes do principal partido opositor, o Batkivschina (Pátria), em discurso na Suprema Rada (parlamento ucraniano).

O Ministério da Saúde, por outro lado, confirmou a morte de 67 pessoas - incluindo 13 policiais, segundo o ministério do Interior - e precisou que 11 deles morreram em hospitais.

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Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) aprovaram nesta quinta-feira (20) sanções contra a Ucrânia e indicaram que a escala das medidas dependerá do tamanho da violência política no país.

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O Conselho da União Europeia informou que, por causa da deterioração da situação na Ucrânia, o bloco "decidiu em uma questão de urgência introduzir sanções pontuais que incluem congelamento de ativos e recusa de visto contra os responsáveis por violações dos direitos humanos, violência e uso de força excessiva".

Segundo um comunicado publicado no site do Conselho, os "Estados membros concordaram em suspender as licenças de exportações de equipamentos que podem ser usados para repressão interna". Por outro lado, diplomatas disseram que a proposta de proibir as exportações de armas para o país foi recusada por causa da participação da Ucrânia em operações europeias de manutenção de paz.

O Conselho também informou que encarregou os grupos de trabalho relevantes para fazerem os preparativos necessários imediatamente. "A escala de implementação será levada em frente conforme os desenvolvimentos na Ucrânia".

Segundo uma autoridade da UE, o trabalho do bloco começará na sexta-feira com a identificação dos indivíduos que sofrerão as sanções. O ministro de Relações Exteriores da Holanda, Frans Timmermans, disse que as sanções devem se tornar uma lei "nos próximos dias".