Centenas de muçulmanos chineses da etnia uigur, portando armas improvisadas, voltaram a desafiar as forças policiais em Urumqi, capital da província de Xinjiang, nesta quarta-feira (8). Cerca de 200 uigures, armados com paus, pedras e bastões, começaram a protestar na frente de uma barreira policial que separa os bairros onde eles moram de uma área habitada pela etnia han.

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Os uigures gritaram para os policiais, mas não houve violência física. Depois de aproximadamente 15 minutos, a polícia retirou os jornalistas estrangeiros do local, impedindo-os de registrar o confronto. Mais cedo, um pequeno grupo de uigures havia dirigido insultos e acusações aos hans que estavam do outro lado da barreira policial.

A multidão de uigures cresceu depois que um helicóptero despejou panfletos acusando a líder da etnia, a exilada Rebiya Kadeer, de ser responsável pelo protesto que deixou 156 mortos e mais de mil feridos no domingo (5). Depois que as autoridades culparam os uigures pelo conflito, os hans saíram às ruas na terça-feira com machados, pás e outras armas improvisadas ameaçando utilizá-las para se defender. Alguns uigures denunciaram que um grande grupo de hans foi liberado para atacar as áreas muçulmanas.

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