A União Europeia (UE) está com planos de redistribuir até 160 mil refugiados que chegaram à Itália, Grécia e Hungria, de acordo com uma autoridade familiarizada com o assunto. O plano, que deve ser finalizado nos próximos dias, deve ser apresentado na próxima quarta-feira pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, antes de ser discutido em uma reunião de emergência com os ministros do Interior da União Europeia em 14 de setembro.
Esta é a segunda tentativa de Juncker de convencer os governos nacionais de que eles precisam dividir a carga de refugiados mais uniformemente em todo o bloco.
Em maio, Juncker tentou criar um sistema de cotas que foi com base no tamanho da população de um país, no Produto Interno Bruto (PIB), taxa de desemprego e do número de refugiados já existentes em cada país.
No entanto, os líderes da UE em junho categoricamente rejeitaram Bruxelas dizendo-lhes que iriam fazer os próprios planos e compromissos voluntários para cumprir a meta de redistribuir 40 mil sírios e eritreus que chegaram na Itália e na Grécia.
No mês seguinte, os ministros do Interior conseguiram assegurar os compromissos nacionais para apenas 32 mil refugiados, em meio a debates uns contra os outros. Juncker viu isso como uma prova de que as promessas voluntárias não funcionam e prometeu intervir com um sistema de redistribuição permanente até o final do ano.
De acordo com a autoridade relacionada ao assunto, os planos da próxima semana irão incluir uma proposta para aumentar a 40 mil o valor inicial para 120 mil e incluem a Hungria ao lado de Grécia e Itália na lista de países a ser ajudado.
A outra parte do plano é um mecanismo de redistribuição de longo prazo, a ser desencadeado por qualquer país afetado por um súbito afluxo de imigrantes. Não está claro qual o limite de imigrantes para ativar o mecanismo.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse nesta quinta-feira que “uma justa distribuição de pelo menos 100 mil refugiados é o que precisamos hoje”. Esta é a primeira vez que este valor foi dito publicamente por uma autoridade da UE. Fonte: Dow Jones Newswires.