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Bases militares

Uribe diz que acordo permitirá derrota da guerrilha e do tráfico

Faltando apenas poucos dias para ser assinado o acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, que permitirá aos militares dos EUA operarem em sete bases colombianas, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse neste domingo (16) que com o apoio acertado do governo de Washington serão consolidados os avanços obtidos em segurança no seu governo.

"À medida que damos mais esse passo (o acordo com os EUA) a guerrilha e os narcotraficantes perderão a ilusão de que em algum momento poderão se recuperar na Colômbia", disse Uribe, em uma cerimônia transmitida pela emissora estatal de televisão Señal Colombia.

Uribe garantiu que sua política de segurança "não tem volta" e sustentou que aos guerrilheiros e narcotraficantes "é preciso derrotá-los totalmente".

Na noite da sexta-feira, a Colômbia e os EUA concluíram a negociação do acordo, que permitirá aos norte-americano o uso de sete bases navais, aéreas e terrestres em território colombiano. Aviões e pessoal militar americano poderão levar a cabo trabalhos de inteligência no combate às guerrilhas e ao narcotráfico.

O comandante das forças armadas da Colômbia, o general Freddy Padilla de León, declarou na negociação com os EUA "todos os pontos foram de comum acordo e não houve nenhuma imposição. A negociação respeita as constituições dos dois países".

Durante uma explicação que Padilla ofereceu em julho sobre o uso das bases, na televisão estatal colombiana, foi dito que as forças militares colombianas e norte-americanas compartilharão informações de inteligência em tempo real.

Padilla afirmou que as ações dos militares americanos na Colômbia serão supervisionadas pelo governo colombiano e que as forças dos EUA não desfecharão operações contra terceiros países

O acordo terá a duração de dez anos e foi bastante criticado por presidentes de outros países sul-americanos, que consideram uma ameaça a presença militar dos EUA no continente.

Em 28 de agosto, Uribe participará em Bariloche, Argentina, da cúpula extraordinária dos presidentes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), convocada especialmente por causa do acordo militar entre Colômbia e EUA.

O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, disse que a Colômbia será a "primeira beneficiada com a erradicação do narcotráfico e do terrorismo, mas também o serão cada um dos vizinhos e todos os países da região. Por isso pedimos apenas cooperação e também a oferecemos".

Chávez reforçará aliança com a Rússia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste domingo que os laços da Venezuela com seus aliados, como a Rússia e a China, serão mais importantes a partir de agora, momento em que os Estados Unidos têm planos para reforçar sua presença militar na Colômbia.

"Agora são muito maiores as razões para acelerar todos os planos de cooperação com os países aliados", disse o presidente da Venezuela.

Chávez tem repetido que o acordo entre Colômbia e EUA é uma ameaça direta à segurança da região, enquanto funcionários norte-americanos e colombianos afirmam que não existem motivos de preocupação.

Chávez também disse que planeja visitar a Rússia e a Bielo-Rússia dentro de um mês.

Chávez disse que a Venezuela espera triplicar o envio de petróleo à China nos próximos quatro anos, para chegar a um milhão de barris diários. As informações são da Associated Press.

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