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O Governo da Bolívia enfrenta, esta semana, as reivindicações de vários setores, inclusive dos funcionários da saúde pública, que realizaram protestos hoje, e criaram caos no centro de La Paz.

Os mais de 12 mil funcionários dos hospitais públicos do país completaram seu 12º dia de greve para exigir, entre outras questões, um aumento de 7% em seus salários. Isso significaria um ponto a mais do que o aprovado pelas autoridades.

Pelo menos 800 funcionários do setor de Saúde Pública - metade deles de La Paz - estão em greve de fome para pressionar o Governo. Os grevistas são liderados por José Gonzales.

Os grevistas da capital voltaram a sair às ruas hoje para protestar contra o Governo do presidente Evo Morales. O presidente criticou a categoria por abandonar os doentes dos hospitais. A ministra da Saúde, Nila Heredia, reprovou a greve e confirmou que processará os organizadores, por atentar contra a saúde pública.

O mesmo aumento salarial é reivindicado por cerca de cem mil professores públicos das cidades e do campo. Dirigentes desses grupos iniciaram uma reunião hoje para definir como pressionar o Governo e obter uma resposta positiva.

Os docentes paralisaram suas atividades na semana passada, e ameaçam fazer o mesmo a partir de amanhã.

Hoje, os mais radicais em seus protestos foram os vendedores de roupa estrangeira usada.

Milhares de filiados ao Comitê de Defesa de Mercadorias Usada se reuniram na cidade de El Alto, vizinha a La Paz, e caminharam até o centro da capital. A passeata provocou confusão no tráfego e causou conflitos com habitantes que se opõem à mobilização.

Na Praça de São Francisco, por onde passam quase todas as manifestações em La Paz, os comerciantes trocaram insultos com grupos de fabricantes de roupa que defendem a indústria boliviana.

O vice-ministro de Micro e Pequena Empresa, Ramiro Uchani, declarou a jornalistas que o prazo para a importação legal de roupa usada não será ampliado, uma reivindicação do setor. Disse, ainda, que um plano para criar empregos alternativos está em andamento.

Hoje também houve manifestações de grupos de pessoas deficientes, que reivindicam do Governo socialista uma pensão mensal vitalícia.

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