A violência após as eleições presidenciais na Nigéria já deixou mais de 200 mortos, afirmou nesta quarta-feira um grupo local de defesa dos direitos humanos. Segundo o Civil Rights Congress, centenas de pessoas foram presas na repressão aos protestos. Também nesta quarta, a Cruz Vermelha afirmou que mais de 400 pessoas ficaram feridas nos confrontos e 40 mil tiveram de deixar suas casas por medo da violência.

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A disputa terminou com a reeleição do atual presidente, o cristão Goodluck Jonathan. O principal candidato da oposição, Muhammadu Buhari, afirmou que houve irregularidades generalizadas na corrida eleitoral. Segundo ele, na região do delta do Níger e no sudeste do país "não houve eleições e nossos partidários não tiveram permissão para votar". O ex-líder militar concedeu entrevista ao serviço local da rádio Voice of America. Apesar disso, Buhari pediu calma. Ele afirmou que as pessoas devem respeitar a lei enquanto as irregularidades são apuradas pela comissão eleitoral.

Jonathan foi declarado vencedor na segunda-feira, com 57% dos votos. Muitos observadores viram a eleição como um importante passo, em um país com um histórico sério de fraudes eleitorais. Mas a corrida eleitoral expôs as profundas divisões na nação mais populosa da África. Jonathan é um cristão do sul do país, enquanto Buhari é um muçulmano do norte. As informações são da Dow Jones.

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