Forças leais a Muamar Kadafi abriram fogo ontem contra manifestantes antirregime que tentavam protestar na capital, Trípoli, indicando a intensificação dos conflitos no último grande reduto dos partidários do ditador líbio.
Opositores afirmaram ter sido recebidos a bala ao tentar se dirigir à região central de Trípoli, onde se concentram as forças governistas. Alguns rebeldes disseram já controlar partes da cidade. Há relatos de muitas mortes em decorrência dos confrontos, elevando ainda mais o número de vítimas, que já é estimado em mais de mil.
A revolta na Líbia é a mais sangrenta da onda de protestos que derrubaram os ditadores de Tunísia e Egito. Na região leste do país, controlada por rebeldes desde o início da semana, foram realizadas marchas em apoio aos manifestantes na capital. Além do leste, opositores dominam várias cidades a oeste de Trípoli até a divisa com a Tunísia e se aproximam a cada dia da capital.
Ontem, o filho de Kadafi, Saif al Islam, admitiu "problemas em Zawiya, no oeste, e disse esperar o estabelecimento de um cessar-fogo com os "terroristas amanhã.
Rebeldes disseram controlar quase todas as reservas de petróleo na região centro-leste que concentram cerca de 80% de todo o petróleo líbio.
Ontem, Kadafi havia prometido interromper o fornecimento de petróleo caso as revoltas não cessassem.
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