O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, atacou nesta quarta-feira (8) o presidente autoproclamado, Roberto Micheletti, um dia antes de os dois se reunirem em San José, capital da Costa Rica, num encontro que será mediado pelo presidente costa-riquenho, Oscar Arias. Micheletti é um "gorila" que cometeu "assassinatos, violação dos direitos humanos e traição", afirmou Zelaya, em entrevista a uma rede pública de TV do Chile. Zelaya disse na quarta que exigirá durante o encontro entre os opositores - marcado graças à pressão dos Estados Unidos - a remoção do governo autoproclamado em 24 horas. Micheletti insiste que não discutirá a possibilidade de retorno de Zelaya como presidente a Tegucigalpa.
O governo autoproclamado de Honduras afirma que, se voltar, Zelaya terá de enfrentar a Justiça, apesar de a Suprema Corte ter acenado esta semana com a possibilidade de uma anistia política para o presidente deposto. Já Zelaya afirmou que não existe nenhuma possibilidade de acordo se a presidência não lhe for restituída. Caberá a Arias conduzir a difícil negociação. Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1987 pelo papel desempenhado nos acordos de paz para as guerras civis da América Central nos anos 80.
Na quarta-feira, centenas de simpatizantes de Zelaya interromperam temporariamente o tráfego na estrada que liga Tegucigalpa ao leste de Honduras, na fronteira com a Nicarágua. Xiomara Castro, mulher do presidente deposto, liderou a marcha pelo segundo dia seguido. Desde a noite do golpe, ela estava na casa do embaixador norte-americano em Tegucigalpa, Hugo Llorens, temendo a perseguição dos militares.
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