Apesar de ter expirado na quinta-feira (15) o ultimato do presidente deposto, Manuel Zelaya, para o fim da crise em Honduras, as conversas em busca de uma saída para o impasse no país prosseguirão nesta sexta-feira. Um dos negociadores de Zelaya, Víctor Meza, disse que o adiamento ocorreu a pedido dos negociadores do governo de facto (expressão usada pela diplomacia para se referir ao governo golpista), liderado por Roberto Micheletti, a fim de que se pudesse "conhecer a proposta definitiva da parte do senhor Micheletti".

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Meza afirmou que o adiamento ocorreu para "dar mais uma oportunidade ao diálogo, à concertação, que é conceder uma oportunidade à paz". "Temos quase a convicção de que estamos a ponto de lograr um acordo definitivo que nos permita encontrar uma saída para essa crise.

Zelaya foi deposto em um golpe militar em 28 de junho e expulso do país. Ele voltou no dia 21 de setembro e, desde então, está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. A Frente Nacional de Resistência (FNR) contra o golpe de estado emitiu um comunicado anunciando que qualquer acordo que não inclua a volta de Zelaya será rechaçado. O grupo também pediu a revogação de um decreto que suspende direitos constitucionais.

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