O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, passará o Natal com sua família na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde está abrigado há vários meses desde que voltou ao país após o golpe de Estado, em junho.

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Os soldados que vigiam a representação diplomática permitirão que familiares de Zelaya levem pratos tradicionais de sua província natal de Olancho.

"Por causa do Natal, os militares disseram que vão permitir a entrada de minha mãe e meus filhos e vamos ficar aqui com eles em oração pelo povo hondurenho", disse Zelaya nesta terça-feira à Reuters por telefone.

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Zelaya, que foi deposto em 28 de junho quando soldados o expulsaram do país, está abrigado na embaixada brasileira desde que voltou clandestinamente a Honduras, em setembro.

Seu futuro é incerto, já que os hondurenhos elegeram um novo presidente em novembro.

O governo de facto nomeado após o golpe e as tropas militares controlam o que e quem pode entrar na embaixada que abriga Zelaya, sua esposa e um decrescente número de seguidores.

Nem árvore de Natal nem artigos decorativos foram levados à representação do Brasil para animar o ânimo nesta temporada de festas.

"Nenhuma família gostaria de estar passando o que minha família passa, a não ser que sejam perversos, cruéis ou insensíveis", disse Zelaya.

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Seus filhos provavelmente levarão ao pai um jantar com carne de porco e uma variedade local de "tamales", um tipo de pão de milho cozido a vapor dentro de folhas de banana, acompanhados de um vinho tradicional elaborado em Olancho, disse um auxiliar.