O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, reiterou que pretende voltar ao seu país na quinta-feira (23), apesar das ameaças de prisão do governo interino, e pediu aos EUA que intensifiquem as sanções contra os que tomaram o poder.

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Zelaya não deu detalhes sobre sua volta, planejada para depois do fim do prazo de 72 horas dado no domingo pelo mediador do conflito, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, para pôr fim à crise.

"O momento (do regresso) está aberto a partir de quinta-feira", disse Zelaya na terça-feira (21) a uma rádio de Honduras.

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O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, disse que se Zelaya entrar no país será preso sob acusação de violar a Constituição, entre outras acusações, por tentar realizar um referendo para abrir caminho à sua reeleição.

Zelaya disse ainda que enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo que endureça as medidas contra Honduras.

A carta já foi enviada a Obama "para pedir que aperte suas medidas diretamente contra os que conspiraram nesse golpe e realizaram este golpe", disse.

Zelaya, que tem recebido apoio internacional, foi retirado de sua casa por militares no dia 28 de junho e enviado à Costa Rica.

Desde que a segunda rondada de negociações fracassou no domingo, os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre o governo provisório e na terça-feira reiteraram seu apoio à mediação de Arias.

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