Hoje a Igreja celebra no Brasil a festa de Nossa Senhora Assunta ao céu. O evangelho de hoje nos fala da visita que Maria faz à sua prima Santa Isabel. Assim que entrou na casa de Zacarias, esposo de Isabel, ela a "saudou". Esta saudação é significativa e, de fato, "ouvida a saudação" o menino exultou de alegria.
Naquele tempo, como também nos dias de hoje, os judeus quando se encontram dirigem-se uma única saudação: "Paz" (shalom). A paz indica o acúmulo e todos os bens que Deus prometeu a seu povo. O estabelecimento da paz no mundo é o sinal da presença do Messias. O salmista prometeu: "Florescerá em seus dias a justiça e a abundância da paz, até que cesse a Lua de brilhar" (Sl 71,7).
Nos lábios de Maria a palavra paz é, pois, uma solene proclamação de que chegou ao mundo o esperado Messias e que com Ele teve início o Reino de Deus anunciado pelos profetas.
Como Maria na montanha da Judeia, como os anjos em Belém cantaram: "E na terra paz aos homens, objetos de benevolência divina" (Lc 2,14), hoje os discípulos de Cristo desejam a todos somente a paz. "Em todas as casas em que entrardes, recomenda Jesus, dizei primeiro: Paz a esta casa!" (Lc 10,5).
Hoje nós anunciamos a paz? O nosso encontro comunica serenidade, alegria, paz? Anunciamos a paz só com a palavra ou construímos com a nossa vida? Existe um sinal evidente que permite verificar se nós somos a "arca da aliança": é a alegria.
Onde quer que chegue, Maria provoca uma explosão de alegria. O pequeno Batista exulta de felicidade, Isabel proclama sua alegria por ser visitada pelo Senhor, os pobres exultam porque chegou o momento de sua libertação.
A nossa presença nos vários ambientes, no trabalho, nas escolas, nos hospitais, nas festas, nos encontros dos políticos provoca sempre alegria ou é, às vezes, motivo de tristeza?
As nossas comunidades comunicam alegria e esperança a todos os habitantes dos povoados e da cidade? Os pobres, aqueles que erraram na vida, quando nos encontram e quando nos escutam se entristecem, têm medo ou exultam?
O mundo é um campo de batalha no qual se enfrentam as forças da vida e as forças da morte. É fácil verificar que, em muitos casos, as forças da morte levam vantagem: o ódio, a solidão, o abandono, as traições, as injustiças sociais e econômicas, o medo, as doenças são todos pontos a favor da morte; mas existe um momento em que a morte se manifesta com todos os seus poderes: quando dá um fim aos nossos dias na face da terra. E Deus que nos criou para a vida, o que faz? Assiste impassível à nossa derrota?
A resposta a essa pergunta angustiante nos é dada hoje em Maria, a mulher na qual a vida celebra o triunfo. O canto, que lemos no evangelho de hoje e que Lucas pôs nos lábios de Maria, é um hino de louvor ao Senhor pelas maravilhas de vida que Ele operou: tornou fecundo o ventre de uma virgem e escancarou todos os sepulcros, o sepulcro de Cristo e o de Maria, mas também todos os nossos.
Dom Moacyr José Vitti CSS, arcebispo metropolitano de Curitiba.
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