“É científico” tornou-se um carimbo obrigatório a tudo o que se pretenda verdadeiro. A experiência concreta de cada indivíduo, se não for explicável cientificamente, pronto!, deixa de existir no mundo dos fatos. Desse modo, criamos uma nova casta de notáveis que é capaz de determinar o que é a realidade. Será que eles estão mesmo com essa bola toda? Pascal-Emmanuel Gobry denuncia não apenas as limitações intrínsecas da ciência, mas a falsidade manipuladora de algumas pesquisas.
Biografias à mesa
A experiência da vida de cada um é bastante limitada quando comparada ao universo das possibilidades humanas. Se circunscrevermos, então, nossa imaginação dentro dos limites da experiência do nosso cotidiano, e a estendermos no máximo até a experiência das pessoas que nos são próximas, nunca seremos capazes de compreender a complexidade do mundo real. Portanto, expandir o horizonte de consciência através do enriquecimento da imaginação é fundamental para entender o que se passa, com a gente mesmo e com os outros. Biografias são uma rica fonte de experiências humanas. Luciana Coelho indica a nova temporada da série Chef´s Table, do Netflix, que conta a trajetória de chefes de cozinha de sucesso, passando pela descoberta de suas vocações, as intempéries que tiveram que contornar, e o sentido que dão a seu ofício.
Fascistas
O imaginário do brasileiro é tão pobre em relação à política, que o espantalho “a direita é fascista”, criado pela esquerda, pegou que é uma beleza por aqui. Muito recentemente esse clichê, propagado aos quatro cantos pela militância esquerdista, começou a ser desbaratado. Um crescente número de pessoas, desafiando o estigma, começou a adotar publicamente o rótulo “de direita”, explicando que isso significava ser conservador ou então liberal, e o que cada uma dessas coisas quer dizer, finalmente botando os pingos nos is. Mas o fato desse engano ter sido perpetuado por tanto tempo evidencia que o projeto de hegemonia cultural da esquerda deu muito certo no Brasil. André Azevedo Alves mostra qual é a verdadeira matriz ideológica do fascismo. Aí entenderemos que, quando Lênin dizia “acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”, ele não estava blefando.
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