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Os londrinenses que precisaram realizar transações bancárias, na manhã desta terça-feira (18), tiveram que enfrentar o frio e a chuva. Isto porque, uma determinação da Justiça, da segunda-feira (17), obrigou os bancos da cidade a atender somente dez clientes por vez, como forma de evitar aglomerações e a proliferação da gripe A H1N1 dentro das agências. Medidas semelhantes foram adotadas em Curitiba e Maringá.
Na agência do Banco do Brasil, da Avenida Tiradentes, zona oeste, a decisão da Justiça dividiu a opinião dos clientes. Para Reginaldo Santos de Oliveira, que trabalha no setor de atendimento de um shopping, a medida não vai "resolver o problema". "Além disso, aumentar o tempo de espera nas filas", comentou.
Já o comerciário Antonio Carlos Ferreira defendeu a decisão, pois ela levou em consideração a saúde de clientes e funcionários. "É uma medida providencial. Temos que acatar tudo o que for para a prevenção da nova gripe. E, mesmo com a chuva, temos que fazer esse sacrifício", disse.
A professora aposentada Dulcinéia Dias Lupi se mostrou conformada em ter que esperar do lado de fora da agência. "Se esse é o melhor recurso temos que aceitar. Fazer o quê?", questionou.
A cena de filas para fora dos bancos também foi registrada em outros pontos da cidade, como nas agências do Bradesco e Real, localizadas na região central. No entanto, algumas agências ainda não restringiram o atendimento. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari, as direções dos 72 bancos começaram a ser notificadas nesta terça-feira, por isso, algumas ainda não readequaram o atendimento. "Diretores do sindicato estão percorrendo várias agências para avaliar como está a situação do atendimento. Algumas já estão restringindo o atendimento, outras, como as direções ainda estão sendo notificadas, não alteraram o funcionamento", disse.
Além dessa medida, os bancos deverão promover campanhas internas de prevenção, adotar o álcool em gel 70% no ambiente bancário, para empregados e clientes, e oferecer máscaras para os funcionários. A decisão judicial determinou ainda que todas as grávidas e pessoas que tenham "baixa imunidade" sejam afastadas do trabalho, além de qualquer empregado com sintoma de gripe.
Para o secretário municipal de Saúde, Agajan Der Bedrossian, a decisão é válida. "Toda medida que possa restringir aglomerações, e são factíveis de serem realizadas, está valendo", afirmou. Segundo ele, outra sugestão que os bancos podem adotar é abrir mais cedo ou fechar mais tarde. "Não sei se é possível que eles façam isso, por causa das determinações do Banco Central", disse.
Mortes em Londrina
A Secretaria da Saúde de Londrina confirmou, no fim da manhã desta segunda-feira (17), a morte de mais um morador da cidade em razão da gripe A H1N1. A vítima é uma mulher de 32 anos que morreu no domingo (16), ela estava internada desde o dia 10 de agosto no Hospital Universitário (HU).
No sábado (15), a Saúde confirmou a morte de uma mulher de 52 anos, que trabalhava no serviço público, e morreu na noite da sexta-feira (14) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, administrado pela Irmandade Santa Casa (Iscal)
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