Aprovado pelos vereadores por unanimidade na semana passada, o projeto que dá poderes ao executivo municipal para proibir aglomerações como forma de evitar a transmissão da gripe A H1N1 aguarda sanção do prefeito Barbosa Neto (PDT). O secretário municipal de Saúde, Agajan Der Bedrossian, afirmou que a proibição de aglomerações só será realizada em caso de calamidade pública o que, segundo ele, ainda não ocorre.
A proposta, apresentada em regime de urgência, foi aprovada em primeira votação no dia 6. O autor, Joel Garcia (PDT) já havia proposto apresentar o documento no fim do mês de junho. A emenda do vereador Marcelo Belinati (PP), que obriga locais de grande concentração de pessoas a instalar álcool em gel, também recebeu aprovação unânime.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Londrina, o projeto está sendo analisado e aguarda parecer da Procuradoria Jurídica do município. Agajan não descartou proibir aglomerações, mas ressaltou que a pandemia está sob controle em Londrina e não há motivos para isso, por enquanto. "A gente espera não ser necessário ter que usar [o projeto], porque isso significaria que a situação estaria muito complicada", afirmou.
Para o secretário, a proibição de aglomerações será necessária quando a situação estiver "drástica". Entretanto, ele não adiantou que medidas seriam possíveis nesses casos. "Ainda não estudamos a situação, porque vai depender do foco do problema no momento. Mas quando a situação estiver mais drástica, a gente vai tomar as providências. Neste momento não é necessário tomar uma medida mais dura", apontou Agajan.
Questionado se a Saúde de Londrina poderia interromper novamente as aulas nas escolas das redes estadual e particular, a exemplo do que foi decidido nas escolas municipais, o secretário negou. "Não se cogita nada disso no momento", destacou.
Pelo texto do projeto, a administração municipal poderá determinar a interrupção de "aulas, serviços e outras atividades como reuniões com ajuntamento ou aglomerações de pessoas", usar prédios públicos para instalar hospital ou atendimento médico em caráter provisório, fazer vacinação preventiva em "grupos de risco", convocar servidores de outros órgãos da administração direta, indireta e fundacional para o atendimento emergencial e adotar outras medidas que forem necessárias.
Bancos
Uma decisão da 6.ª Vara Cível de Londrina, cujo titular é o juiz Abelar Baptista Pereira Filho, determina que os bancos da cidade atendam somente dez clientes por vez, como forma de evitar aglomerações dentro das agências. A informação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari. Segundo ele, a decisão saiu na tarde desta segunda-feira (17).
Mortes em Londrina
A Secretaria da Saúde de Londrina confirmou, no fim da manhã desta segunda-feira (17), a morte de mais um morador da cidade em razão da gripe A H1N1. A vítima é uma mulher de 32 anos que morreu no domingo (16), ela estava internada desde o dia 10 de agosto no Hospital Universitário (HU).
No sábado (15), a Saúde confirmou a morte de uma mulher de 52 anos, que trabalhava no serviço público, e morreu na noite da sexta-feira (14) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, administrado pela Irmandade Santa Casa (Iscal)
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