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O professor André e a infectologista Flávia: casal fez compra maior para evitar ter de enfrentar aglomerações nas próximas semanas | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
O professor André e a infectologista Flávia: casal fez compra maior para evitar ter de enfrentar aglomerações nas próximas semanas| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A

A Associação Paranaense de Super­mercados (Apras) desmentiu ontem o boato que circula na internet sobre o fechamento temporário de estabelecimentos por causa da gripe A. A entidade, que representa aproximadamente 2,7 mil supermercados em todo o Paraná, garante que essa possibilidade nem sequer está sendo considerada. A Secre­taria de Estado da Saúde (Sesa) também descarta pedir o fechamento de qualquer tipo de comércio ou áreas de lazer.

No início da noite de ontem, o movimento nos supermercados da capital era normal, sem a ocorrência de grandes filas. Além disso, nenhum estabelecimento apresentava falta de produtos nas prateleiras.

Mesmo assim, houve quem se apressasse em encher o carrinho. A funcionária pública Ka­ren Nakatani afirma que ouviu o boato no trabalho e foi às compras para abastecer a despensa com artigos de primeira necessidade. O mesmo fez a diretora educacional Carla Apa­recida, que encheu dois carrinhos de compras.

A Apras reconhece que houve um crescimento no movimento das supermercados nos últimos dias, mas não sabe quantificá-lo. No entendimento da entidade, a justificativa para esse aumento seria uma mudança de hábito dos consumidores, que estão preferindo comer mais em casa como forma de evitar locais movimentados.

O professor universitário André Capraro e sua esposa, a in­fectologista Flávia Gomide Capraro, contam que não ouviram o boato, mas resolveram fazer uma compra maior por outro motivo. "Na verdade quero evitar a necessidade de vir muitas vezes ao supermercado para não me expor demais ao contato com muitas pessoas", diz ela.

Lazer

O possível fechamento de comércio e áreas de lazer chegou a ser discuto pelo Comitê de Controle e Prevenção da Influenza A de Curitiba, na reunião realizada on­­tem pela manhã, mas foi logo descartado. De acordo com o coorde­­nador do conselho, vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, a orientação é para que a população evite aglomerações. O fechamento de shoppings, supermercados, cinemas, entre outros, porém, não está previsto. "É uma questão da responsabilidade civil de cada um fazer a sua parte. A posição do conselho é que a cidade tem de continuar. Não tem sentido fechar nada", disse.

O Sindicato das Escolas Parti­culares do Paraná (Sinepe-PR) disse defender que áreas de lazer como boates, bares, shoppings e cinemas fechem temporariamente. De acordo com o infectologista Moacir Pires Ramos, não há como paralisar situações essenciais da vida, como o trabalho. A recomendação do médico infectologista é que crianças e adolescentes não frequentem shoppings, cinemas ou outros locais de lazer onde haja aglomeração de pessoas.

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