Em um mês, gripe A matou 79 pessoas no Paraná

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Vinte e uma novas mortes ocasionadas pela gripe A H1N1 foram confirmadas no Paraná nesta sexta-feira (14), de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Em um mês, o número de óbitos no estado por causa da nova gripe chegou a 79.

Das 21 mortes, oito aconteceram na região de Curitiba, três na região de Foz do Iguaçu, três na região de Cascavel, duas na região de Cornélio Procópio. As seguintes regiões registraram um óbito cada: União da Vitória, Apucarana, Toledo, Maringá e Paranaguá.

Os novos óbitos confirmados foram registrados entre os dias 24 de julho e 13 de agosto. Morreram nove adultos jovens (entre 20 e 40 anos), nove adultos (entre 41 e 65 anos) e três pessoas do grupo criança/adolescente (entre 0 e 19 anos).

A primeira morte aconteceu no dia 14 de julho. Desde então se passaram 32 dias e no total ocorreram 79 mortes, o que dá uma média de 2,46 óbitos por dia.

Além disso, o estado registrou 135 novos casos da gripe suína. As regiões com mais casos da doença são Curitiba (745 casos), Londrina (116), Foz do Iguaçu (67), Cornélio Procópio (38). As regiões de Paranaguá, Cascavel e Campo Mourão têm 32 situações confirmadas cada uma. Outros 1.704 casos suspeitos da doença foram descartados.

Volta às aulas e MPF

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a volta às aulas nas instituições de ensino públicas e privadas do Paraná seja adiada para 31 de agosto. O documento do MPF que aconselha a suspensão das aulas foi expedido nesta sexta-feira (14). A medida é válida para os municípios do estado que: não fornecerem o Tamiflu a todos os pacientes com a gripe A H1N1; não disponibilizarem assistência hospitalar aos casos graves da doença; não registraram diminuição significativa no número de atendimentos clínicos; e não apresentarem condições climáticas favoráveis para o retorno das aulas.

A recomendação será enviada ao governo do Paraná, às prefeituras e ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe).

Já no caso dos municípios que cumprirem as referidas exigências, o MPF recomenda que as instituições de ensino não façam controle de freqüência dos alunos e também que o conteúdo estudado nesse período seja disponibilizado, de forma alternativa, aos alunos que faltarem.

Na quinta-feira (13) a assessoria de imprensa do MPF afirmou que no caso das escolas retornarem às atividades no dia 17, o órgão poderá entrar com uma ação judicial pedindo que haja o adiamento das aulas.

A Secretaria Estadual de Educação (SEED) e o Sinepe anunciaram na quinta-feira que o retorno às atividades acontecerá na segunda-feira (17).

Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) afirmou que não haverá falta do antiviral no estado e que em todos os casos que houve a prescrição do medicamento, os pacientes tiveram acesso ao fosfato de oseltamivir. Os dados da Sesa dão conta de que 53.210 tratamentos foram entregue para adultos e 29.900 para crianças. O órgão afirmou ainda que 98% das pessoas que contraíram a nova gripe se recuperaram sem a necessidade de serem internadas em hospitais.