Alunos lavam mãos em tanque em escola de Curitiba:falta de toalhas de papel e de álcool| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Creches têm mais faltas

As salas de aula do estado ficaram parcialmente vazias na segunda-feira, quando as escolas retomaram as atividades normais, depois de duas semanas de paralisação para prevenir a epidemia de gripe A. Em Curitiba, 40% dos alunos das creches e 30% dos estudantes do ensino básico faltaram ao primeiro dia de aula, segundo dados divulgados pela prefeitura. A baixa frequência é sinal de que pais optaram pela segurança de manter seus filhos em casa. Na rede estadual, as ausências se mantiveram em 10%.

A chuva forte teria sido um dos motivos que espantou ainda mais alunos em outras regiões do Paraná. Na contagem geral, as escolas estaduais tiveram uma frequência média de 60%, segundo a Secretaria de Educação. (LR)

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Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

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Apesar das duas semanas que se passaram desde a suspensão das aulas por causa da gripe A, nem todas as escolas conseguiram se adequar às medidas para prevenir a contaminação pelo novo vírus. Há escolas que ainda não oferecem álcool gel e papel toalha para os alunos na volta às atividades normais.

No Colégio Estadual Teotônio Vilela, localizado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), por exemplo, a chegada do álcool gel atrasou. O sabão líquido está disponível nos banheiros, mas falta papel-toalha, segundo um grupo de alunos do ensino médio. Eles contam que o jeito é secar as mãos nas próprias roupas. "Ligamos e a escola informou que não recebeu álcool gel, mas tiveram mais de 20 dias para se preparar", argumenta um deles, que prefere não ser identificado.

O produto só chegou à instituição ontem. Foram comprados três galões de cinco litros, que ainda esperavam para ser divididos em bisnagas até o início da tarde. O diretor Darci Jasper ex­­plica que o pedido foi feito na semana passada, mas os fornecedores não deram conta de atender à demanda antes – e o preço está inflacionado.

A quantidade adquirida está longe de ser suficiente para os 800 alunos que frequentam a instituição por período. "Uma bisnaguinha daquela não dá para nada. Não sabemos quanto vai durar. Temos de nos programar", diz Jasper.

Galões, bisnagas e papel-toalha foram comprados com o dinheiro do Fundo Rotativo, destinado à aquisição de materiais e pequenos reparos. "Temos de esticar o di­­nheiro, é curto", diz o diretor, prevendo que a verba do fundo não durará por muito tempo.

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Os produtos de higiene não são encontrados nos ambientes de uso comum da escola porque estão nas mãos dos professores. "Vamos colocar o álcool em bisnagas e deixar uma com cada professor. O papel-toalha também é distribuído pelo professor na sala de aula", afirma. "Se deixar à vontade, os alunos acabam brincando. Já tivemos problema de entupimento do vaso".

A consequência de evitar o desperdício é que não há papel ou sabão nos banheiros. Do lado de fora, um tanque para lavar as mãos aguarda os alunos. Eles usam o sabonete líquido, mas não se secam apropriadamente.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) esclarece que recomendou às escolas que providenciassem o material necessário para limpeza e desinfecção. Em texto divulgado ontem, a secretaria pede à comunidade que ajude "na fiscalização das escolas em que seus filhos estudam e informando a Seed de onde estão encontrando problemas como falta de material ou com a ação dos cuidadores".

Faculdade

O álcool gel também estaria faltando na faculdade UniCuritiba. Uma aluna do curso de Direito reclama que não encontra o produto "em nenhum canto da faculdade". "Suspendem as aulas por duas semanas – agora vão até 22 de dezembro – e não têm nem álcool para ajudar a resolver o problema?", questiona. A reportagem não conseguiu contato com a direção da instituição para comentar o assunto.

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