Distribuição de remédios volta ao normal em Londrina

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Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A

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O prefeito de Andirá, na região Norte do Paraná, José Ronaldo Xavier (PTB), decretou, na tarde da quinta-feira (6), situação de emergência em razão da gripe A. O município, de 22 mil habitantes, tem dois casos confirmados laboratorialmente e quatro confirmados pelo protocolo do Ministério da Saúde (MS), uma vez que são parentes dos pacientes confirmados e apresentam os sintomas da doença, além de dez sob suspeita. Andirá é a primeira cidade a decretar estado de emergência no Paraná.

O decreto tem validade até o dia 4 de setembro e ficam proibidos shows, bailes, missas e cultos religiosos, o comércio funciona normalmente. Segundo o prefeito, essa foi uma medida extrema e também levou em consideração o pedido de afastamento de seis profissionais de saúde, incluindo um médico. "Antes de ser prefeito, sou médico e estou vendo o avanço da doença. Essa ação é mais de prevenção, pois temos apenas um hospital que não conseguirá atender a todos os pacientes se houver um crescimento dos casos. Nossa intenção é evitar a transmissão do vírus", comentou.

De acordo com Xavier, a situação do município será avaliada diariamente e se houver uma estabilidade no número de casos nos próximos dez dias, a medida pode ser revista. No entanto, o prefeito não descartou a prorrogação da suspensão das aulas, previstas para reiniciarem no dia 17 de agosto. "Se a situação melhorar nos próximos dias podemos flexibilizar esse decreto. Mas se necessário, as aulas continuarão suspensas para podermos equipar as escolas com álcool em gel e se preciso máscaras", explicou.

O prefeito também não descartou estender o período de vigência do decreto. Com isso, até as festividades do aniversário de Andirá, no dia 14 de setembro, podem ser adiadas. "Essa é uma hipótese. O pico da doença está previsto para os próximos 30 dias. Assim, se vermos que a situação está complicada, vamos manter a situação de emergência e se necessário solicitar recursos junto ao governo do estado para reforçar o atendimento no hospital da cidade", disse.

Defesa Civil vai avaliar o decreto

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A Defesa Civil do Paraná já foi comunicada do decreto em Andirá e analisará os documentos para homologar o pedido. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, na primeira análise o decreto seria mais de uma situação de prevenção emergencial do que, propriamente, uma situação de emergência. "Essa é uma situação um pouco atípica da configuração de situação de emergência em razão de desastres. No entanto, o prefeito tem a prerrogativa para fazer esse pedido. Agora vamos esperar os documentos para materializar o pedido e fazermos uma análise se a situação indica a iminência de um desastre para o Estado homologar o decreto", explicou.

Balanço

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na terça-feira (4), o Paraná já registrou 25 mortes em decorrência da doença e tem 601 casos confirmados. Foram 19 mortes na regional de saúde de Curitiba, duas na de Ponta Grossa, duas na de Jacarezinho, uma na de Foz do Iguaçu e uma na de Londrina.

Até o início da noite desta quarta-feira (5), 66 pessoas estavam internadas nos hospitais de Londrina com suspeitas de gripe A. O Jornal de Londrina realizou um levantamento nos hospitais da Irmandade Santa Casa (Iscal), Evangélico, Universitário (HU), da Zona Norte (HZN) e da Zona Sul (HZS).

Sem aglomerações em Uraí

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O medo da gripe A fez a Prefeitura de Uraí, Norte do estado, proibir todas as formas de aglomerações de pessoas por meio de um decreto divulgado em 27 de julho. A proibição durou até o dia 31. Com isso, estão suspensas qualquer forma de agrupamento em festas, missas e eventos diversos. Até as aulas foram interrompidas. A Secretaria de Saúde Municipal tomou a decisão depois de surgir dois casos suspeitos na cidade.