Tira-dúvidas
Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :
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Internações ocupam 6,5% dos leitos
Os 66 leitos ocupados por pacientes suspeitos de estarem com a nova gripe representam 6,5% do total da vagas nos hospitais de Londrina. Para o secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian, esse número ainda não é preocupante em razão da "rotatividade" dos pacientes. "Em geral, os pacientes apresentam melhoras e recebem alta entre dois e três dias. Então, um leito não permanece ocupado por um longo período", comentou.
De acordo com Agajan, a secretaria está fazendo um levantamento dos leitos disponíveis em hospitais que não atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para a necessidade da suplementares. O secretário afirmou que se for necessário os números de leitos aumentarão. "O recurso para essa ´compra´ de leito já foi disponibilizado pela Secretaria de Estado da Saúde. Agora estamos fazendo um rastreamento das vagas e entrando em contato com as direções dos hospitais para ver se há o interesse nessa venda e também a disponibilidade", disse.
Segundo o secretário, para aumentar as vagas para o SUS os hospitais suspenderam as cirurgias eletivas, nos casos em que essa medida foi possível. "Essa foi outra alternativa encontrada. Com isso, os leitos ficam destinados preferencialmente para os casos suspeitos de gripe", afirmou.
Até o início da noite desta quarta-feira (5), 66 pessoas estavam internadas nos hospitais de Londrina com suspeitas de gripe A. O Jornal de Londrina realizou um levantamento nos hospitais da Irmandade Santa Casa (Iscal), Evangélico, Universitário (HU), da Zona Norte (HZN) e da Zona Sul (HZS).
Os casos mais graves são de três crianças que estão internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Duas delas, uma de quatro e outra de 11 anos, estão no Hospital Infantil, administrado pela Iscal. Segundo a assessoria do hospital, uma das crianças estava internada desde o dia 1.º e foi transferida para a UTI na noite da segunda-feira (2) e a outra foi encaminhada para a terapia intensiva na tarde desta terça-feira (3). Elas estão sedadas e respiram com ajuda de aparelhos.
A terceira é uma criança de nove meses que está internada no Evangélico. De acordo com a assessoria do hospital, a criança deu entrada na tarde da terça-feira (4) apresentando os sintomas da gripe e foi encaminhada para a UTI.
Outras três pessoas estão internadas em UTIs. Um homem na Santa Casa, administrado pela Iscal, um no Hospital do Coração e uma mulher no HU. De acordo com os três hospitais, os estados clínicos dos pacientes são regulares.
O HU é a instituição com maior número de internações. Além da mulher, que está na UTI, há outros 22 pacientes no hospital. Todos estão em uma ala isolada. No hospital da Zona Norte, um paciente está internado com suspeita da nova gripe. Outros quatro receberam alta durante a tarde. No HZS, são quatro pacientes internados.
Nos hospitais administrados pela Iscal são 21 pacientes internados (nove no Hospital Infantil, quatro no Mater Dei e oito na Santa Casa). No Evangélico, os números de internações chegaram a 15, nesta quarta-feira. No Hospital do Câncer também há um paciente internado com suspeita da nova gripe.
Balanço
Até o momento, foram confirmadas duas mortes em Londrina por gripe A. Uma moradora de Ibiporã, no Norte do Paraná, morreu na madrugada desta terça-feira (4) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei em Londrina. O primeiro óbito na cidade foi de um representante comercial de Curitiba que morreu no Hospital do Coração no dia 21 de julho. Ele tinha 31 anos.
Maringá confirma primeira morte
O primeiro óbito de um paciente infectado com o vírus da nova gripe em Maringá foi confirmado na tarde desta quarta-feira (5). Trata-se de um homem de 40 anos que estava internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que já havia passado por exame laboratorial de comprovação. Segundo a secretaria de saúde do município, a morte aconteceu também na tarde desta quarta.
Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, também confirmou uma nova morte nesta quarta-feira.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não confirmou os números, pois aguarda o resultado de exames complementares que devem determinar se a causa da morte dos dois pacientes foi o vírus H1N1. O balanço oficial da secretaria ainda contabiliza 25 mortes no estado, sendo apenas uma em Foz do Iguaçu e nenhuma em Maringá. Os números foram divulgados pelo o secretário estadual de saúde, Gilberto Martin, na terça-feira (4). Do total de mortes, 19 ocorreram na região de Curitiba, duas na região de Ponta Grossa, uma na região de Foz do Iguaçu, uma na região de Londrina e duas na região de Jacarezinho. O boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (5) pela Sesa informa que 14 vítimas da gripe são homens e 11 mulheres. Três tinham entre zero e 19 anos; 18 tinham entre 20 e 40 anos; e quatro tinham entre 41 e 65 anos.
O Paraná já registra 601 casos da nova gripe. Segundo a Sesa, a diferença de 421 casos em relação ao boletim anterior se dá pela agilidade do Laboratório Central do Estado (Lacen) na realização dos exames. Do dia 27 até a terça-feira haviam sido processadas 1.499 amostras pelo Lacen, o que resulta em média 180 exames realizados por dia.
Um novo balanço do número de mortes e contaminados será publicado na sexta-feira (7).
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