Medo da gripe A afeta hospitais da região de Maringá

A preocupação com o número de casos da gripe A está mudando a rotina dos hospitais da região de Maringá. Na maioria das unidades de saúde, os horários de visitas foram reduzidos. No Hospital Metropolitano de Sarandi foi montada uma ala específica para atender pacientes suspeitos de ter contraído a nova gripe com 18 leitos. Apenas pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) podem receber visitas e apenas uma pessoa pode entrar.

A dona de casa, Silva Moura trouxe o filho ao Hospital Metropolitano para fazer um exame de raio-X e trouxe na bolsa um frasco de álcool em gel. Não só as pessoas que procuram o hospital que estão com medo de contrair a gripe A, os funcionários também estão receosos. "Estamos fazendo rodízio de funcionários do setor (de atendimento da gripe A) para amenizar a ansiedade dos próprios profissionais de saúde", disse o médico infectologista, José Ricardo Dias.

Nesta quarta-feira (5), o comerciante Claudiomar Guimarães, 40 anos, morreu em Maringá depois de contrair a doença. A mulher da vítima, Maria Delgado, explicou que o marido procurou um pronto-socorro particular por duas vezes logo que foram observados os sintomas. "A febre não passava e todas as vezes que a gente procurou o atendimento da Unimed sempre falavam a mesma coisa: que não era gripe suína", conta ela.

Maria afirma que só na terceira vez, o marido foi transferido a um hospital. O médico José Ramos Martins, da UTI do Hospital Santa Rita, para onde o paciente foi levado, disse que o quadro do paciente era grave. "Ele já estava com comprometimento do quadro geral e precisando de assistência ventilatória e com toda medicação em uso, inclusive o Tamiflu".

A orientação é para que as pessoas procurem os hospitais somente quando estiverem com a maioria dos sintomas da gripe A. A Unimed divulgou nota afirmando que o pronto atendimento para onde Guimarães foi levado segue o protocolo estabelecido pela Decretaria de Saúde do Paraná para os casos da nova gripe.