A Secretaria da Saúde de Londrina confirmou, no fim da manhã desta segunda-feira (17), a morte de mais um morador da cidade em razão da gripe A H1N1. A vítima é uma mulher de 32 anos que morreu no domingo (16), ela estava internada desde o dia 10 de agosto no Hospital Universitário (HU).

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Segundo o secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian, a mulher chegou ao hospital com os sintomas acentuados da doença e o tratamento não evoluiu nos seis dias em que permaneceu internada. "Ela não tinha nenhuma outra doença complicadora, mas tinha quase todos os sintomas da gripe A, como falta de ar, tosse, calafrios e dor no corpo, quando procurou atendimento médico", disse.

No entanto, a morte da mulher deixou a família muito revoltada. O sobrinho da vítima, Jonathan Dias dos Santos, afirmou que ela começou a apresentar os primeiros sintomas de gripe há 15 dias e antes de ser internada no HU, procurou duas vezes atendimento no Hospital da Zona Norte. "Nas duas vezes, os médicos disseram que ela não tinha nada de grave e liberaram com uma receita de remédio para gripe normal. Na terceira vez, que minha tia procurou atendimento foi encaminhada direto para a UTI", relatou.

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Agajan informou é que difícil afirmar que houve erro no atendimento. "Os médicos analisam o quadro atual dos pacientes. Pode ser que no momento em que ela procurou atendimento os sintomas da gripe não estavam acentuados, por exemplo, a paciente podia não estar com febre. Contudo, nesse caso a rápida evolução foi um agravante", justificou.

A diretora clínica do HZN, Vera Lúcia Marvulle, disse que ainda não foi comunicada oficialmente do óbito e se a Secretaria de Saúde quiser investigar as circunstâncias da morte os prontuários médicos serão disponibilizados. No entanto, Vera Lúcia também afirmou que acredita não ter ocorrido erro de avaliação. "Às vezes, os pacientes chegam com sintomas da gripe tradicional e quando se instala o quadro da gripe A a evolução é muito rápida", comentou.

Segundo o secretário, mais de 90% das pessoas que procuraram atendimento em hospitais e no Centro de Referência estavam com resfriados e não gripe.

Londrina registra a segunda morte

Essa é a segunda de um morador de Londrina em razão da gripe A. No sábado (15), a Saúde confirmou a morte de uma mulher de 52 anos, que trabalhava no serviço público, e morreu na noite da sexta-feira (14) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, administrado pela Irmandade Santa Casa (Iscal)

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Segundo a assessoria de imprensa da Iscal, a mulher foi internada em um quarto na Santa Casa no dia 3 de agosto, com suspeita de estar com a nova gripe e já estava tomando o antiviral. No entanto, o estado clínico da paciente se agravou no dia 6 e ela precisou ser transferida para a UTI. Como não havia vaga na unidade da Santa Casa, a mulher foi encaminhada para o Mater Dei.

A secretaria de Saúde já registrou outras duas mortes no município provocadas pela gripe A. O primeiro óbito foi de um representante comercial de Curitiba que morreu no Hospital do Coração no dia 21 de julho. Ele tinha 31 anos. A segunda morte foi a de uma moradora de Ibiporã, no Norte do Paraná, que morreu no dia 4 de agosto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei. A mulher, de 37 anos, era um caso já confirmado de gripe A e foi transferida de Ibiporã já doente, em razão da gravidade do estado de saúde.