Todas as servidoras municipais de Londrina que estiverem grávidas estão dispensadas do trabalho a partir desta quarta-feira (12). O decreto 629, dispensando as funcionárias por tempo indeterminado, foi assinado nesta terça-feira (11) pelo prefeito Barbosa Neto (PDT). A decisão vale para todos os órgãos da administração municipal. Até então, somente a secretaria de Saúde havia adota a medida.
O secretário municipal de Saúde, Agajan Der Bedrossian, explicou que as grávidas devem permanecer em casa, independentemente do estado de saúde delas, já que se enquadram no grupo de risco da doença. "Não importa se elas estejam com gripe ou não, a recomendação é que elas fiquem de repouso", observou. Mesmo as mulheres grávidas que não trabalham em ambientes com aglomeração ou em atendimento ao público foram dispensadas.
Agajan ressaltou ainda que as servidoras devem evitar ainda outros tipos de aglomerações. Se as grávidas não ficarem em casa, mas decidirem ir aos shoppings, cinemas, grandes lojas ou qualquer outro local de aglomeração, a medida perde o efeito de evitar que elas estejam expostas à transmissão do vírus. "Elas devem aproveitar o momento para descansar e ter uma gravidez tranquila."
É o que fará a servidora Vanessa Aparecida Pierone, de 31 anos. Ela trabalha na procuradoria do município e está grávida de sete meses e meio. "Fiquei sabendo do decreto e terei que ficar em casa a partir desta quarta-feira", contou. O trabalho que ela desenvolve é bastante ligado ao atendimento ao público e, por causa disso, o médico obstetra que a atende recomendou que ela utilizasse máscaras.
Além disso, Vanessa estava com dor de garganta e tosse na semana passada e precisou ser afastada do trabalho por dois dias. "Não teve nada a ver com gripe A, mas fiquei sem trabalhar. Essa medida é válida porque você não tem o contato com as pessoas e fica menos exposta. Em repouso, a pessoa se recupera mais rápido", destacou a servidora.
O afastamento das servidoras grávidas vale por tempo indeterminado. "O decreto valerá até parecer contrário do prefeito ou então até encerrar o tempo de licença maternidade, após as gestantes terem o bebê", explicou Agajan. O decreto é preventivo. "A gente não quer que nenhuma grávida corra o risco de contrair a doença. Fica a sugestão para as empresas particulares fazerem o mesmo." Nem a secretaria de Saúde nem a assessoria de imprensa da prefeitura souberam informar quantas mulheres grávidas estão trabalhando na administração municipal.
Casos
O boletim da secretaria municipal de Saúde das 17 horas de terça-feira, contabilizava 35 pessoas com o vírus A H1N1 em Londrina. Segundo Agajan, todas as pessoas já haviam apresentado os sintomas, medicadas e com alta. Todos foram confirmados por exame laboratorial.
A média de pessoas internadas em Londrina, conforme informou o secretário, era de 70 pacientes. Seis estava internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nos diversos hospitais da cidade. "É importante ressaltar que esse número é oscilante. Enquanto a gente conversa, pode ser que uma pessoa receba alta ou então tenha outras sendo atendidas", disse Agajan.
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