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Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A

A recomendação de afastar todos os trabalhadores que apresentarem sintomas de gripe está obrigando, pelo menos, 42 profissionais que atuam em hospitais de Londrina a ficarem em casa. Segundo a assessoria de imprensa da Irmandade Santa Casa (Iscal), que administra os hospitais Santa Casa, Mater Dei e Infantil, nesta sexta-feira (7), 39 funcionários (sendo 25, entre enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem) estão afastados das atividades. No início da semana, esse número era de 23.

Esse aumento nos casos de gripe, tanto sazonal quanto a suspeita da Influenza A H1N1, obrigou a direção da Iscal a contratar emergencialmente 12 profissionais (dois enfermeiros e dez auxiliares). "De um quadro de 1.500 funcionários, o número de afastamento é pequeno. Porém, em uma época na qual os hospitais ficam superlotados, já faz diferença, pois os outros profissionais ficam sobrecarregados e acabam ficando doente", comentou o diretor da Iscal Fahd Haddad.

No entanto, além dos afastamentos, Haddad disse que está enfrentando outro problema: profissionais estão com receio de trabalhar. O diretor da Irmandade Santa Casa relatou que muitos trabalhadores não declaram abertamente o medo, mas "preferem aguardar outro momento". "Como o volume de atendimento tem sido grande, a falta de profissionais para substituir os afastados pode prejudicar o atendimento. Se a situação se agravar, poderemos ser obrigados a interromper o serviço por falta de médico, por exemplo. Por isso, estamos trabalhando para evitar um colapso no sistema", explicou.

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico, apenas três funcionários foram afastados com sintomas de gripe, todos da área administrativa, o que, ainda segundo a assessoria, não está prejudicando o atendimento.

Contudo, o número de profissionais de saúde afastados é bem maior. Sem citar dados, o secretário da Saúde, Agajan Der Bedrossian, afirmou que vários profissionais que atuam no Centro de Referência, localizado no Pronto-atendimento Municipal (PAM), precisaram ser afastados por estarem com sintomas de gripe e outros pediram demissão. "Nem todos os pedidos de demissão tem haver com a gripe. Essa é uma dificuldade que estamos enfrentando, mas temos que administrar", comentou.

De acordo com Agajan, esses afastamentos eram inevitáveis, pois são os "profissionais que estão na linha de frente e mais expostos". O secretário afirmou que essa situação não está prejudicando os atendimentos. No entanto, ao ser questionado sobre se a secretaria já estuda contratar profissionais em caráter de emergência, ele disse que "não há trabalhadores ociosos nessa área". "Arrumarmos outros funcionários é um complicador que estamos enfrentando. Todo mundo já está trabalhando em algum lugar e não há motivo de tirarmos, por exemplo, um médico de um centro para atender em outro", disse.

Como medida para evitar a falta de profissionais, o secretário informou que foram suspensas as férias e licenças, foi autorizado o pagamento de horas extras e, se for necessário, o município poderá remanejar servidores.

A reportagem não conseguiu levantar se há profissionais afastados no Hospital Universitário (HU). Segundo a assessoria, todos os atestados médicos são encaminhados para o setor de Recursos Humanos da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

78 pessoas internadas com suspeita de gripe A

Até o início da noite desta sexta-feira (7), 78 pessoas estavam internadas com suspeita da nova gripe nos três hospitais administrados pela Iscal, no Evangélico e no HU, sendo oito em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Os casos mais graves são de dois homens de 26 e 36 anos que respiram com o auxílio de aparelhos e duas crianças de quatro e 11 anos.

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