Infraestrutura
Quase 3 mil ainda estão sem energia elétrica
Todas as cidades atingidas pelas chuvas no Paraná já têm água nas torneiras. A última cidade a retomar o fornecimento foi Campo do Tenente, segundo a Sanepar. De acordo com a Copel, até ontem à noite, 2.730 unidades consumidores (incluindo casas e pontos comerciais) estavam sem energia elétrica em todo o Paraná em decorrência das chuvas. Apesar de as equipes estarem trabalhando para solucionar o problema, ainda não há previsão de quando os reparos serão concluídos. A Região Centro-Sul do estado, que engloba Ponta Grossa, Guarapuava e União da Vitória, é a mais afetada, com 1.370 unidades consumidoras sem energia. Até ontem, as estradas que cruzam o Paraná ainda tinham 10 pontos de interdição total. Outras 16 tinham trechos de interdição parcial. A maioria das interdições é na Região Centro-Sul. O trecho entre Curitiba e União da Vitória é um dos mais complicados. O acesso pela PR-151 possui uma ponte caída e não há previsão de normalização neste ponto. Os motoristas precisam utilizar um desvio pela Lapa, passar por Porto Amazonas e ir até São Mateus do Sul, para só então seguir a União da Vitória. Em São Mateus do Sul, apesar de o fluxo estar parcialmente liberado, ainda há uma longa fila de caminhões para passar, o que dificulta o fluxo de veículos.
Colaboraram: Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo, Bruna Komarchesqui e João Maroni
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) deve decretar situação de emergência em mais 17 cidades do estado. "Com isso, vamos chegar a 148 cidades nessa situação", constata o coronel Adilson Castilho Casitas, coordenador estadual da Defesa Civil. A lista complementar dos municípios foi enviada ainda na tarde de ontem ao Executivo estadual.
As novas cidades em situação de emergência são: Nova Tebas, Antônio Olinto, Borrazópolis, Engenheiro Beltrão, Entre Rios do Oeste, Ibaiti, Ipiranga, Lunardeli, Perobal, Planaltina do Paraná, Renascença, Reserva, São Jorge do Ivaí, São Pedro do Iguaçu, São Tomé, Sapopema e Verê. "A situação de União da Vitória é a mais grave. Lá foi decretado estado de calamidade pública", ressalta Castilho.
Conforme boletim divulgado no fim da tarde de ontem pela Defesa Civil, 579.524 pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado. Onze pessoas morreram e duas ainda estão desaparecidas uma em São João do Ivaí e outra em Rebouças. Além disso, 37.019 estão desalojadas, a maior parte em União da Vitória (12.152). Segundo estimativas da própria Defesa, os prejuízos provocados pela chuva no Paraná já ultrapassam R$ 600 milhões e podem chegar a R$ 1 bilhão.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, além de União da Vitória, outros 74 municípios, dos 150 atingidos pelos temporais, ainda registram desalojados. Há desabrigados realocados em espaços públicos em 55 cidades paranaenses. O relatório mostra também que, até agora, há 117 feridos, além de 9.787 casas danificadas e 47 residências destruídas.
Verba
O governo do Paraná anunciou ontem que vai destinar R$ 11 milhões aos municípios afetados pela chuva. O dinheiro será utilizado para atender pessoas desabrigadas e desalojadas por causa de enchentes. O repasse, segundo o governo, será feito por meio do Programa Família Paranaense.
Apenas os municípios em situação de calamidade pública ou em situação de emergência poderão receber recursos. Isso porque os repasses serão feitos por meio de uma modalidade chamada fundo a fundo, que simplifica o repasse do dinheiro público.
-
Lula usa alta do dólar para antecipar jogo eleitoral e minimizar o rombo fiscal
-
Anfavea pede ao governo aumento antecipado de 35% no imposto para importar carros elétricos
-
Roberto Requião é pré-candidato a prefeito de Curitiba na tentativa de voltar à vida pública
-
Quem é o ex-chefe da tropa de elite da PM que integra a pré-campanha de Boulos
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião