Aumento da tarifa e da violência policial motivaram o protesto em Curitiba| Foto: Daniel Castellano/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Coros e cartazes deram o tom da manifestação em Curitiba

Coros

"Dança, Beto Richa. Dança até o chão. É o povo unido para baixar o preço do busão" "Quem não pula, quer aumento" "Amanhã vai ser maior" "Trabalhador, venha para a rua. Essa luta também é sua" "Da Copa, eu abro mão. Quero transporte, saúde e educação" "Se a tarifa não baixar, essa rua eu vou fechar" "Povo na rua, governo, a culpa é sua" "Não é Turquia, não é Grécia. É o Brasil que saiu da inércia".

Cartazes

"A Turquia é aqui" "Chega de violência, polícia" "Saímos do Facebook" "Aqui não há vândalos, há cidadãos" "Não é sobre centavos, é sobre o futuro do Brasil"

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Aproximadamente 700 pessoas participaram do ato
Protesto começou na Boca Maldita e seguiu até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico
Pessoas de todas as idades acompanharam a caminhada na capital paranaense
Curitiba teve a segunda noite de protesto
Protesto em Curitiba
De acordo com a Guarda Municipal (GM) e a Secretaria de Trânsito (Setran), que acompanharam o protesto, não houve ocorrências
Protesto em Curitiba nesta sexta-feira
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Munidos de apitos, cartazes, narizes de palhaço e baterias, cerca de 700 manifestantes voltaram a se pronunciar, em Curitiba, contra o aumento no valor das passagens de ônibus e a violência policial em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O protesto, que começou na Boca Maldita, percorreu a Rua XV, a Praça Tiradentes, a Rua Barão do Serro Azul e seguiu, pela Avenida Cândido de Abreu, até o Palácio Iguaçu, na Praça Nossa Senhora de Salete.

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Pessoas que já haviam participado da primeira manifestação - ocorrida na quinta-feira (13) - decidiram voltar, como a estudante Sara Jade, de 18 anos. "A gente precisa se manifestar. Independentemente do resultado, temos que mostrar nossa voz", afirma. A opinião era a mesma de Alexandre Lisboa, que estava surpreso com as pessoas que aderiram à caminhada. "A quantidade de gente superou minha expectativa. Vamos organizar outros atos com a coordenação de outras cidades", conta.

O soldado da Polícia Militar (PM) Eduardo Ribeiro dos Santos engrossava a cantoria dos manifestantes. Para ele, as atitudes tomadas pela polícia em São Paulo foram excessivas. "A violência faz com que seja necessário rever a postura da PM em todo o Brasil. Ao ver as imagens dos protestos, fica a pergunta: quem são os vândalos?", questiona.

Pessoas de todas as idades acompanharam a caminhada. A aposentada Maria da Silva, de 68 anos, cantava "Da Copa, eu abro mão. Quero transporte, saúde e educação" enquanto batia palmas. "As pessoas têm de falar para mudar o país", afirma. O estudante de psicologia Ruan Prochmann marchava em frente à Praça Tiradentes carregando a filha Isabelle Maria, de 11 meses. "Quero o passe livre para mim e um futuro melhor para ela", explica.

Mesmo com a paralisação das ruas Barão do Serro Azul e Cândido de Abreu, os motoristas não pareceram se importar e muitos buzinaram em apoio. Para o bioquímico Marcel Carneiro, "quanto mais pessoas, melhor". A autônoma Heloísa Salata concordava enquanto buzinava. "Protestos como esse são importantes para lutar contra as injustiças do país", enfatiza.

De acordo com a Guarda Municipal (GM) e a Secretaria de Trânsito (Setran), que acompanharam o protesto, não houve ocorrências. A recomendação, entretanto, era que, da próxima vez, comunicassem o trajeto às autoridades para poder garantir segurança aos manifestantes.

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Uma reunião foi programada para este sábado, às 18 horas, na Praça Santos Andrade, para definir outras ações futuras. Uma nova manifestação, na segunda-feira (17), deve seguir o mesmo trajeto feito nesta sexta-feira. O ato principal, a "Farofada pelo Transporte Público", marcado para o próximo dia 21 de junho, está mantido e já conta com mais de 8 mil confirmados no evento organizado pelo Facebook.

Segundo dia

Este é o segundo dia de manifestação na capital paranaense. Na quinta-feira (13), o ato ocorreu na Boca Maldita, na Rua XV, e não houve registro de tumultos.

Organizado pela rede social Facebook, o protesto em Curitiba reúne grupos como a Organização das Farofadas, Marcha da Maconha, Marcha das Vadias e integrantes de partidos políticos. A iniciativa também busca divulgar a "Farofada pelo Transporte Público", marcada para o próximo dia 21 de junho, que já tem 400 confirmados no evento no Facebook.

Segunda Farofada do Transporte acontece no dia 21 de junho

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A 2° Farofada do Transporte, programada para o dia 21 de junho, contava com a confirmação de aproximadamente 8 mil pessoas em evento promovido pela rede social Facebook até as 21h30 desta sexta-feira. De acordo com informações da página, a mobilização está programada para as 18 horas na Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.

O protesto tem como principal queixa a situação do transporte público na capital paranaense. "A tarifa do ônibus é um absurdo, o governo estadual ameaça acabar com o transporte integrado. Os corajosos ciclistas arriscam a vida todos os dias nessas ruas carentes e ciclovias entre motoristas sem paciência e educação", diz o texto do evento.

Manifestação em Curitiba nesta sexta-feira