A defesa do advogado Renato Celso Beraldo Júnior, acusado de participar junto com outro advogado e policiais de um esquema de extorsão contra um caminhoneiro em Campo Largo, na região metropolitana, conseguiu a extinção da ação penal contra ele. Segundo Edson Gonçalves, advogado de defesa do réu, a justiça acolheu o pedido de habeas corpus para trancar a ação que havia sido solicitado por ele.
A alegação é de que não havia provas contra Beraldo Júnior, nem elementos para denunciá-lo pelo crime de concussão, quando a pessoa usa de seu poder como agente público para obter vantagens em relação a outros. Com isso, ele deixou de ser réu e não vai mais responder ao processo.
De acordo com Gonçalves, a defesa vai pedir a extensão do benefício para o outro advogado acusado, Evaldo Pissaia.
Caso
Os dois advogados foram presos em setembro junto com dois policiais civis pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), em Campo Largo, na região Metropolitana de Curitiba. Eles foram acusados de extorquir um caminhoneiro, pedindo uma mesada de R$ 3 mil para não prendê-lo. Além disso, eles teriam cobrado e recebido um pagamento de R$ 55 mil.
A extorsão teria começado depois que o homem foi flagrado em um carro com cinco caixas de cigarro contrabandeados em agosto. A polícia deteve o suspeito em flagrante e ele ficou preso por uma noite. Para liberá-lo da cadeia, o delegado Maurílio Alves e o superintendente Adão Osmário de Almeida teriam exigido a quantia em dinheiro. A ação irregular teria sido mediada pelos dois advogados que, em teoria, teriam a função de defender o caminhoneiro.
Os acusados respondem ao processo em liberdade.
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