O advogado Yvan Gomes Miguel, defensor de Marco Carmo Rocha, pai do menino de 11 anos atacado por um tigre em Cascavel, no Oeste do Paraná, disse que vai mover uma ação judicial por danos morais e materiais contra a prefeitura, responsável pela administração do parque zoológico Danilo Galafassi. O menino teve o braço direito amputado após o ataque. Segundo o advogado, a ação deve ser impetrada dentro de no máximo duas semanas.
Em sua defesa, a prefeitura diz que o zoológico está regulamentado administrativamente e dentro das normais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No entanto, para o advogado, isso não isenta o parque das responsabilidades civis. "É como se uma pessoa bêbada subisse na calçada e atropelasse dez pessoas e aí ela diz: meu carro está licenciado. Ela se adequa às normas do Detran, mas vai responder judicialmente", afirma.
O ponto decisivo para o acidente, segundo o advogado, foi a falta de segurança do zoológico. Para ele, por mais que o parque tenha uma portaria dentro de todas as normas, deverá responder pelo incidente. "Uma portaria que abre porta para um acidente não o isenta de responsabilidade", diz. Yvan Gomes Miguel afirmou ainda que não são apenas pessoas "cautelosas" que visitam um zoológico. "Quem presta um serviço de risco e mantém animal feroz tem que ter esse tipo de previsão", afirma.
A prefeitura informou que não vai se manifestar sobre a responsabilização jurídica no episódio. Ela entende que o zoológico atende as normas de segurança estabelecidas pelo Ibama e que "não possui qualquer responsabilidade no infeliz incidente envolvendo o tigre e o menino".
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar responsabilidades no caso.
Mãe diz não culpar o pai do menino pelo incidente
A mãe do menino afirmou que não culpa o ex-marido pelo ocorrido. A mulher, que preferiu não se identificar, disse que ele chora muito desde o dia do acidente e que, ao encontrá-la, pediu "perdão pelo amor de Deus".
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