Animal ficará 15 dias isolado
O tigre Hu tem 3 anos e meio de idade e está há três anos no zoológico de Cascavel, ou seja, desde filhote. "Ele está acostumado com o público e podemos dizer que ele tem temperamento dócil", afirma o veterinário Valmor Passos. Hu veio de Maringá, onde foi mantido quando filhote pelo mesmo criador do leão Rawell, hoje em Curitiba. Depois de ter parte da cauda amputada, o criador achou que o tigre não possuía mais as condições para ser exposto, e resolveu doar o animal ao zoo de Cascavel. Dos mesmos criadores também estão presentes no local um leão, três leoas, duas onças pardas e uma onça preta todos, segundo a administração do zoo, isolados devidamente em espaços que contêm alertas de perigo.
Hu ficará isolado por 15 dias para se acalmar. De acordo com Passos, o vídeo que mostra o momento em que a criança se aproximou do tigre já foi analisado pela equipe do zoológico. Segundo ele, é possível ver que o animal urina duas vezes próximo à tela, o que seria uma mostra de que não estava gostando da atitude da criança. "Mas, claro, ele [o menino] não entendeu, porque é uma maneira muito específica [de se manifestar], e continuou ali."
Atualmente, uma equipe de seis guardas patrimoniais tomam conta do zoológico de Cascavel. Nenhum dos guardas estava fiscalizando a jaula do tigre no momento em que o menino estava no local.
Para o veterinário, não houve omissão do trabalho dos guardas, até porque existe um sistema de isolamento entre os visitantes e os animais, e também placas que indicam perigo. Passos considera que todos os métodos de segurança adotados hoje pelo zoo de Cascavel são funcionais, e não há indicação de que eles terão de passar por uma reavaliação. "Se mudar qualquer situação do ambiente vamos assumir uma culpa que não é nossa. Está tudo de acordo aqui dentro", completou.
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A polícia deve começar a ouvir na segunda-feira (4) os supostos responsáveis e as testemunhas do ataque do tigre do zoológico de Cascavel a um menino de 11 anos na última quarta-feira (30). O garoto, que passava as férias na cidade, ultrapassou uma das barreiras de segurança que separa a jaula do felino dos visitantes, colocou o braço entre as grades e acabou tendo o membro mordido. O braço teve de ser amputado.
Conforme a polícia, nesta sexta-feira (1.º) devem continuar os trabalhos de identificação de testemunhas, para que todas sejam intimadas.
Em entrevista concedida à Gazeta do Povo na quinta (31), o delegado responsável pelo caso, Denis Merino, disse que tanto o pai do garoto como a equipe de segurança do zoo de Cascavel serão investigados como possíveis culpados pelo ataque. A polícia questiona o fato de o pai não estar cuidando do filho naquela hora e também o motivo pelo qual os seguranças responsáveis não impediram a aproximação do garoto. O crime foi tipificado como lesão corporal de natureza grave.
O pai, que veio de São Paulo com o menino para passar as férias em Cascavel, disse ao delegado em um primeiro depoimento que não viu a hora em que o menino se aproximou do tigre, pois estava tomando conta do filho mais novo, de 3 anos. Ele disse à polícia que em momento algum autorizou que o filho mais velho chegasse perto da jaula do felino.
A prefeitura de Cascavel negou que haja falhas na segurança do zoológico e informou que o ataque dessa semana foi o primeiro em 38 anos de funcionamento do local.
Também devem ser intimados para prestar depoimento os donos de vídeos que mostram desde o momento em que o garoto chega próximo ao tigre até a hora do ataque.
Estado de saúde
O estado de saúde do garoto continua estável e sem complicações. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), ele se recupera bem da cirurgia realizada ainda na noite de quarta (30) e não haverá necessidade de submetê-lo a um novo procedimento cirúrgico.
A expectativa é de que ele permaneça no hospital até a próxima quarta-feira (6), mas a data da liberação pode variar conforme a evolução do quadro clínico dele.
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