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A polícia deve começar a ouvir na segunda-feira (4) os supostos responsáveis e as testemunhas do ataque do tigre do zoológico de Cascavel a um menino de 11 anos na última quarta-feira (30). O garoto, que passava as férias na cidade, ultrapassou uma das barreiras de segurança que separa a jaula do felino dos visitantes, colocou o braço entre as grades e acabou tendo o membro mordido. O braço teve de ser amputado.
Conforme a polícia, nesta sexta-feira (1.º) devem continuar os trabalhos de identificação de testemunhas, para que todas sejam intimadas.
Em entrevista concedida à Gazeta do Povo na quinta (31), o delegado responsável pelo caso, Denis Merino, disse que tanto o pai do garoto como a equipe de segurança do zoo de Cascavel serão investigados como possíveis culpados pelo ataque. A polícia questiona o fato de o pai não estar cuidando do filho naquela hora e também o motivo pelo qual os seguranças responsáveis não impediram a aproximação do garoto. O crime foi tipificado como lesão corporal de natureza grave.
O pai, que veio de São Paulo com o menino para passar as férias em Cascavel, disse ao delegado em um primeiro depoimento que não viu a hora em que o menino se aproximou do tigre, pois estava tomando conta do filho mais novo, de 3 anos. Ele disse à polícia que em momento algum autorizou que o filho mais velho chegasse perto da jaula do felino.
A prefeitura de Cascavel negou que haja falhas na segurança do zoológico e informou que o ataque dessa semana foi o primeiro em 38 anos de funcionamento do local.
Também devem ser intimados para prestar depoimento os donos de vídeos que mostram desde o momento em que o garoto chega próximo ao tigre até a hora do ataque.
Estado de saúde
O estado de saúde do garoto continua estável e sem complicações. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), ele se recupera bem da cirurgia realizada ainda na noite de quarta (30) e não haverá necessidade de submetê-lo a um novo procedimento cirúrgico.
A expectativa é de que ele permaneça no hospital até a próxima quarta-feira (6), mas a data da liberação pode variar conforme a evolução do quadro clínico dele.