Os agentes penitenciários aprovaram o estado de greve nesta terça-feira (10) em assembleia em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. Os manifestantes aguardam o resultado de uma reunião com o governo prevista para o dia 18 antes de começar de fato uma paralisação do atendimento no sistema carcerário do estado. Representantes da categoria estão acampados desde o dia 3 e decidiram levantar acampamento nesta terça em resposta à iniciativa do governo de negociar.
As manifestações são organizadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). O vice-presidente da entidade, Antony Johnson, relatou que a expectativa dos manifestantes é de que na nova reunião o governo não esteja mais na condição de regime prudencial. Essa é a desculpa adotada para não ceder nos reajustes reivindicados pela categoria. "Vamos dar esse prazo para o governo, mas se não avançarmos, será decretado greve."
A paralisação não começará imediatamente, conforme o sindicato, mas a operação-padrão promovida pela categoria deve ser intensificada nos próximos dias, segundo Johnson. "Estávamos em uma operação padrão tímida, agora vamos seguir à risca às normas de segurança, as quais hoje em dia não podemos seguir pela falta de efetivo. Vamos primar pela segurança e outros setores vão ser prejudicados. Os advogados, por exemplo, podem demorar três, quatro horas para poder visitar seus clientes".
Impactos da paralisação
Até agora não houve paralisação dos trabalhos. Só estão acampados os agentes que estão de folga, segundo o sindicato. Nas penitenciárias do estado, o Sindarspen diz que está sendo realizada uma operação-padrão desde o dia 3 que afeta serviços considerados não essenciais o único serviço avaliado como essencial é o banho de sol dos presos. Todo o resto, como a visita de advogados ou aulas dos detentos, está prejudicado. Com o aperto na operação-padrão, os agentes passam a fazer os trabalhos somente de acordo com cartilhas de segurança.
Reivindicações
Os agentes pedem reajuste de 23,37% sobre o adicional de risco do agente penitenciário, aumento de investimentos no sistema penitenciário, a realização de um concurso público para a contratação de mais 1,5 mil agentes e autorização do porte de arma para os profissionais da categoria. Eles já se reuniram com o chefe da Casa Civil do Paraná, Reinhold Stephanes, e com a secretária Maria Tereza Uille Gomes, da Seju. Os manifestantes, porém, não consideraram que as respostas foram satisfatórias.
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