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Os agentes penitenciários federais do presídio de Catanduvas, na região Oeste do Paraná, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado após realizar uma assembléia na noite desta sexta-feira (5). A paralisação dos trabalhadores começa a partir de domingo (7).

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Catanduvas (Sindapef), Helder Antonio Jacob dos Santos, confirmou que a classe não aceitou a proposta de negociação do governo federal que foi apresentada em uma reunião feita em Brasília na quinta-feira (4). "Não queríamos aderir a esta greve, porém houve intransigências por parte do governo em questões como nosso plano de carreiras", disse.

O Sindapef informa que os trabalhadores das penitenciárias federais de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e Mossoró, no Rio Grande do Norte, também vão aderir à paralisação por tempo indeterminado. Santos afirma que apenas serviços essenciais serão feitos nos presídios. "A única coisa que não podemos deixar de fazer é o atendimento aos internos de cada local", finaliza.

O Ministério da Justiça propôs uma nova negociação aos trabalhadores em uma reunião realizada em Brasília, na quinta-feira. Na ocasião, Marcelo Adriano Ferreira, diretor do comando de greve dos agentes penitenciários de Catanduvas, esteve presente para discutir as reivindicações da classe. Segundo ele, ficou determinada a criação de um grupo de trabalho, formado por representantes do Ministério da Justiça, Ministério do Planejamento e agentes penitenciários federais.

Os agentes são contrários aos termos da Medida Provisória (MP) 441, assinada no dia 29 de agosto, que cria o plano de cargos e salários da categoria. O Sindapef considera insatisfatório o plano. Segundo Ferreira, não houve participação dos agentes federais na elaboração do texto, que prevê diretrizes para o sistema penitenciário. "Há uma série de erros", diz. "A MP nos coloca subordinados a atividades da Polícia Federal, que não tem relação alguma com o sistema penitenciário", reclama.

A reportagem da Gazeta do Povo procurou o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), porém ninguém foi encontrado para dar informações sobre o caso.

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