Agentes penitenciários devem engrossar o coro de servidores públicos do Paraná insatisfeitos com o "pacotaço" proposto pelo governo estadual e aprovar a adesão à greve geral do funcionalismo estadual em assembleia a ser realizada na terça-feira (10), a partir das 8h30.
Em comunicado divulgado nessa segunda-feira (9), o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) informou que a categoria deve paralisar as atividades para "exigir que os direitos já adquiridos sejam mantidos e, mais, que o governo respeite o trabalhador do Estado."
Segundo o Sindarspen, os projetos de lei 001/2015 e 002/2015 encaminhados à Assembleia Legislativa (Alep), que propõem o fim do quinquênio (adicional por tempo de serviço) e reduzem os valores da aposentadoria, vão afetar especialmente os agentes penitenciários.
"O quinquênio é um dos poucos institutos de valorização salarial que ainda temos. Tirar isso é loucura. Como não temos um Plano de Cargos e Salários, ao retirar o quinquênio, Richa acaba com a ascensão funcional da categoria", desabafa Antony Johnson, presidente do Sindarspen. O sindicato também protesta contra o atraso no pagamento do terço de férias, de promoções e progressões de carreira.
Categorias unem-se em manifestação
A adesão dos agentes penitenciários segue a paralisação deflagrada pelos professores e funcionários da rede de educação estadual ainda no sábado (7). Nessa segunda-feira, a APP-Sindicato, entidade representante dos servidores, organizou uma grande manifestação em frente à Alep.
O ato recebeu o apoio de outras categorias e contou com a "participação especial" de representantes de outros sindicatos, que não só compareceram à manifestação como declararam apoio à causa no carro de som. Servidores da saúde municipal (Sismuc), do Poder Judiciário estadual (Sindijus) e dos engenheiros (Senge) manifestaram solidariedade aos docentes e funcionários da educação.
Marley Fernandes, secretária de Finanças da APP-Sindicato, disse que o ato de hoje é uma prévia do que virá na terça-feira. "Hoje é só preparação, amanhã vai ser maior", disse. A perspectiva é de que, além dos agentes penitenciários, professores universitários estaduais e servidores estaduais da saúde juntem-se no protesto contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo.