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Delegado Rogério de Castro, do 12º Distrito Policial, considera o caso Lavínia encerrado | João Varella/Gazeta do Povo
Delegado Rogério de Castro, do 12º Distrito Policial, considera o caso Lavínia encerrado| Foto: João Varella/Gazeta do Povo

O principal suspeito de ter assassinado Lavínia Rabeche da Rosa, de 9 anos, confessou o crime na manhã desta quarta-feira (19). Segundo a Polícia Civil, o andarilho de 45 anos, Mariano Torres Ramos Martins, disse, em depoimento, que teria estrangulado a menina com um cordão de sapato depois de molestá-la. O suspeito nega que tenha estuprado a criança. Lavínia foi encontrada morta deitada numa cama dentro da residência onde morava, no dia 15 de novembro, na Vila Esperança, bairro Atuba, em Curitiba.

De acordo com o delegado Rogério de Castro, o acusado deu detalhes do crime. Martins estaria usando crack com a mãe da criança, Maura da Rosa, dentro da residência. "Eles fumaram cinco ou quatro pedras de crack cada um e Maura saiu para comprar mais", diz o delegado. Enquanto isso, o padrasto da menina, Mario Luiz de Castro, estaria em um bar. "Ele [Mario] tinha problema de alcolismo", conta Castro.

Com a ausência da mãe, o andarilho teria se dirigido até o quarto onde Lavínia dormia com a irmã de 5 anos. No seu primeiro depoimento, Martins negou o crime e os pais da menina deram versões diferentes sobre o caso. Nesta manhã ele não só confirmou ter estrangulado a criança como também confessa ter bolinado nela. O assassino, no entanto, nega ter estuprado a menina. Um laudo do Instituto Médico Legal confirmará se a garota chegou a ser estuprada.

A irmã de cinco anos, que dormia em uma cama ao lado de Lavínia, só veio a acordar com os gritos da mãe, de acordo com a polícia, o que corrobora com a tese de que o andarilho não tenha estuprado a criança.

Na versão do padrasto, a mãe das meninas teria aproveitado o momento em que as filhas dormiam e saiu para fazer um telefonema. Castro disse que estava na sala e não ouviu qualquer movimentação no quarto. A polícia descarta o envolvimento do padrasto no homicídio.

Intimidade

Segundo o delegado, o assassino tinha intimidade com a família. "Ele entrava na casa até mesmo quando os pais não estavam presentes", disse Castro. Martins comprava doces para as crianças e era visto pelos vizinhos constantemente na companhia delas. Martins também rotineiramente acompanhava Maura, catadora de papéis, no trabalho. A polícia não sabe dizer se eles tinham um envolvimento íntimo.

O caso está encerrado, para o delegado Castro, que trabalha no 12º Distrito Policial. O policial não soube afirmar se Maura virá a ser indiciada por algum crime em razão de uma suposta negligência com suas filhas.

Os vizinhos de Maura disseram à polícia que ela sempre acompanhava suas filhas ao colégio. Mesmo sob o efeito de entorpecentes, ela nunca teria agredido nenhuma de suas filhas.

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