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Grupos de extermínio aproveitam greve da PM no Brasil para atuar

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A greve de bombeiros e policiais civis e militares não afetou o policiamento nas principais vias da cidade durante a madrugada deste sábado (11). Na orla da Zona Sul, principalmente em Copacabana, PMs estavam nas cabines. Nas praias do Leblon e Ipanema, os policiais militares davam reforço apenas na Operação Lei Seca na esquina da Avenida Bartolomeu Mitre com a Rua Rainha Elizabeth. Um outro ponto da Lei Seca, em frente ao Copacabana Palace, tinha o apoio dos policiais militares. O clima entre os frequentadores da orla era de aparente tranquilidade.

No Arpoador, um policial militar estava na cabine enquanto grupos faziam luau e jogavam bola. Em Copacabana, o movimento dos bares e das pessoas na praia também não demonstrava insegurança. O Leme era policiado por homens do Batalhão de Choque por volta das 2h.

"O movimento da greve aqui no Rio teve baixa adesão. Estamos trabalhando e não há problemas nas ruas", disse um PM na orla da Zona Sul durante a madrugada.

Nas ruas internas da Zona Sul também havia homens da Polícia Militar e da Guarda Municipal nesta madrugada. A 15ª DP (Gávea) fazia atendimento normalmente. Já na 10ª DP (Botafogo) as portas estavam fechadas. O policiamento também estava presente nos túneis Santa Bárbara e Rebouças e no Elevado da Perimetral. O Terreirão do Samba e o Sambódromo contava com a presença de Guardas Municipais e de PMs. Assim como na Lapa. E na Tijuca, além da presença de Guardas Municipais na Praça Saens Peña, carros da PM passavam por ruas internas do bairro.

A grande preocupação são os blocos e jogos de futebol programados para o fim de semana, mas a PM garante que o policiamento será mantido normalmente. Na sexta-feira, apesar da chuva que caiu na concentração do Cordão da Bola Preta, o desfile de pré-carnaval do bloco mais tradicional do Rio correu sem problemas. A Polícia Militar, que mesmo em greve garantiu o policiamento do evento, estimou em 130 mil pessoas.

Durante a madrugada de quinta-feira, os organizadores do bloco chegaram a enviar uma nota à imprensa cancelando o evento após o anúncio de greve da Polícia Militar. No início da manhã, no entanto, eles voltaram atrás e decidiram manter o desfile. O policiamento do bloco foi feito por 200 policiais militares e 50 viaturas do 5º BPM com reforço do Estado Maior da PM. A Guarda Municipal teve 240 homens no local, e outros 40 agentes da prefeitura, entre orientadores de trânsito e controle urbano, trabalharam no desfile.

O governo do estado reagiu com rigor no primeiro dia da greve de bombeiros e policiais civis e militares, e o movimento teve baixa adesão. Foram indiciados 270 de militares ligados à paralisação. Dezessete PMs foram presos, entre eles dez líderes do movimento, dois deles coronéis. Nove se entregaram e foram levados para Bangu 1, onde já está um dos cabeças da greve, o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo. A cabo Vivian Sanchez Gonçalves, única mulher do grupo, foi levada para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM. Um ainda está foragido.

O Corpo de Bombeiros determinou a prisão administrativa de 123 salva-vidas, indiciados por terem faltado na sexta-feira ao trabalho. Somente em Volta Redonda, 129 PMs foram indiciados por crime militar. Outros sete foram presos em flagrante e autuados por desobediência. O governador Sérgio Cabral baixou um decreto agilizando o processo de punição de praças.

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