Após permanecer estável por três dias consecutivos, o sistema Cantareira, o maior da Grande São Paulo e em situação mais crítica, recuou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 15,4% de sua capacidade, segundo balanço da Sabesp divulgado nesta segunda-feira (15).
Esse recuo no índice é reflexo da escassez de chuva na cabeceira dos reservatórios e do tempo seco dos últimos dias. De acordo com a Sabesp, nos primeiros 15 dias de junho, o manancial acumulou apenas 20% (11,7 mm) do volume de chuva esperado para todo este mês (58,5 mm).
Apesar da chuva que cai na capital paulista na manhã desta segunda, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, informa que a propagação de uma frente fria mudou o tempo mas que as precipitações serão de fraca intensidade e com baixo potencial para formação de alugamentos. Além disso, não há previsão de chuva para os próximos dois dias.
O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.
O percentual usado na medição do sistema Canteira tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).
Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total -sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.
Para aliviar o Cantareira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o início de operações do segundo módulo de membranas ultrafiltrantes na estação de tratamento Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo. O sistema custou R$ 41 milhões e irá tratar mil litros de água da represa Guarapiranga, que opera nesta segunda com 77% de sua capacidade após recuar 0,1 ponto percentual em relação a medição do dia anterior.
O Guarapiranga fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista. Com a nova obra, a Sabesp espera fornecer água para mais bairros de São Paulo e assim, diminuir mais uma vez a área de abastecimento do sistema Cantareira.
O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, recuou 0,1 ponto percentual e opera com 20,8% de sua capacidade.
No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
Já o reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 65,2% de sua capacidade após recuar 0,3 ponto percentual. O sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, recuou 0,3 ponto percentual e opera nesta segunda com 89,8% de capacidade. O nível de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, caiu de 54,6% para 54,4%.
A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora