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Após morte de 26 detentos, Natal registra nova rebelião em presídio

Presídio Provisório Raimundo Nonato, no Rio Grande do Norte | /
Presídio Provisório Raimundo Nonato, no Rio Grande do Norte (Foto: /)

Em retaliação às mortes na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no final de semana, detentos do Presídio Provisório Raimundo Nonato, chamado de Cadeia Pública de Natal, se rebelaram na madrugada desta segunda-feira (16).

Segundo o diretor da unidade, Alxsandro Coutinho, a agitação dos presos começou por volta das 3h, mas já foi controlada. Superlotado, o presídio abriga 550 detentos, mas a capacidade é para 166 presos.

“Eles queriam quebrar os muros do presídios, mas conseguimos contornar a situação”, contou o diretor.

Os detentos construíram barricadas para impedir a entrada de agentes carcerários e ameaçaram atacar os presos que ficam no Pavilhão 2 da unidade, que são rotineiramente intimidados pelos demais por auxiliarem nos serviços gerais do presídio.

A presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, disse ainda que os detentos juraram vingança e que essa resposta não deve ocorrer somente dentro dos estabelecimentos prisionais do estado do Rio Grande do Norte.

O Grupo de Operações Especiais dos agentes carcerários já entrou no Presídio Raimundo Nonato e trabalha com o objetivo de conter a rebelião. Vilma afirmou que os agentes conseguiram impedir o contato entre os rebelados e os presos que seriam atacados. No entanto, ainda havia tensão dentro da unidade na manhã desta segunda-feira.

O Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes é o mesmo em que, em janeiro do ano passado, 46 detentos conseguiram escapar por um túnel. Foi a maior fuga ocorrida em presídio da história do Rio Grande do Norte.

Na ocasião, os presidiários cavaram um túnel de 40 metros a partir do Pavilhão B da unidade até o Complexo Penal João Chaves, que custodia presos em liberdade provisória e fica no prédio ao lado.

Sobre a rebelião desta segunda-feira, o Sindicato dos Agentes confirmou que boa parte do presídio foi danificada. Enquanto promoviam o quebra-quebra, presos gritavam contra os agentes e repetem o nome da facção Sindicato do Crime do RN.

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