Em retaliação às mortes na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no final de semana, detentos do Presídio Provisório Raimundo Nonato, chamado de Cadeia Pública de Natal, se rebelaram na madrugada desta segunda-feira (16).
Segundo o diretor da unidade, Alxsandro Coutinho, a agitação dos presos começou por volta das 3h, mas já foi controlada. Superlotado, o presídio abriga 550 detentos, mas a capacidade é para 166 presos.
“Eles queriam quebrar os muros do presídios, mas conseguimos contornar a situação”, contou o diretor.
Os detentos construíram barricadas para impedir a entrada de agentes carcerários e ameaçaram atacar os presos que ficam no Pavilhão 2 da unidade, que são rotineiramente intimidados pelos demais por auxiliarem nos serviços gerais do presídio.
A presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, disse ainda que os detentos juraram vingança e que essa resposta não deve ocorrer somente dentro dos estabelecimentos prisionais do estado do Rio Grande do Norte.
O Grupo de Operações Especiais dos agentes carcerários já entrou no Presídio Raimundo Nonato e trabalha com o objetivo de conter a rebelião. Vilma afirmou que os agentes conseguiram impedir o contato entre os rebelados e os presos que seriam atacados. No entanto, ainda havia tensão dentro da unidade na manhã desta segunda-feira.
O Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes é o mesmo em que, em janeiro do ano passado, 46 detentos conseguiram escapar por um túnel. Foi a maior fuga ocorrida em presídio da história do Rio Grande do Norte.
Na ocasião, os presidiários cavaram um túnel de 40 metros a partir do Pavilhão B da unidade até o Complexo Penal João Chaves, que custodia presos em liberdade provisória e fica no prédio ao lado.
Sobre a rebelião desta segunda-feira, o Sindicato dos Agentes confirmou que boa parte do presídio foi danificada. Enquanto promoviam o quebra-quebra, presos gritavam contra os agentes e repetem o nome da facção Sindicato do Crime do RN.
Base da PM é alvo de tiros durante a madrugada em Natal
A base da Polícia Militar (PM) do bairro de Mãe Luíza, na zona leste de Natal, foi alvejada na madrugada desta segunda-feira ( 16). Não houve feridos. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato da Polícia Civil, o agente Paulo Macedo, que mora na região.
Macedo informou que ouviu os disparos e então se deslocou até a unidade. Foi quando constatou que a unidade da PM havia sido alvo de disparos de arma de fogo. “Tirei fotos lá do prédio”, disse.
Mãe Luíza é o bairro onde, segundo material apreendido nos presídios nos últimos dias por agentes penitenciários, nasceu o Sindicato do Crime do RN (SDC).
A polícia ainda não sabe se o episódio tem relação com a rebelião que aconteceu na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no sábado (14) e resultou na morte de 26 detentos.
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