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| Foto: Sossella

Oito horas ininterruptas de reunião não foram suficientes para por um ponto final da onda de protestos dos alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba - que começou no início desta semana. O encontro aconteceu nesta terça-feira (13) na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seed) e teve a presença de representantes dos alunos, dos pais dos estudantes, do sindicato dos professores, do Conselho de Educação, do Ministério Público do Paraná, do secretário Maurício Requião e da diretora do CEP - Maria Madselva Ferreira Feiges. Em pauta, as 25 reivindicações dos estudantes - discutidas uma a uma.

Como nem todas as reclamações foram debatidas, foi marcada uma nova reunião para quinta-feira (22) - no mesmo local. Foram poucas as conclusões: a diretora permanecerá no cargo; o secretário prometeu que as câmeras instaladas no colégio serão retiradas; e a questão da mudança do processo de escolha da direção do CEP será debatida e encaminhada pela comunidade escolar.

A demissão da diretora é a principal reivindicação dos alunos. Como ela está mantida no cargo, os estudantes vão se reunir na próxima segunda-feira (19) para definir se os protestos continuam ou são interrompidos até a realização da próxima reunião na secretaria.

A única reivindicação dos alunos atendida foi a promessa de retirar as câmeras do colégio. Os estudantes que estiveram no encontro com Requião foram para o CEP onde devem repassar os detalhes da reunião para os demais alunos. A partir daí, os alunos devem definir os próximos passos da manifestação.

A onda de protestos no colégio começou no início desta semana. Além da imediata demissão da diretora, os alunos reivindicam o poder de eleger, pelo voto, a diretoria do colégio. As reclamações dos estudantes, 25 ao todo, foram encaminhadas para o secretário Maurício Requião e para o Ministério Público do Paraná.

Desde o início dos protestos, foram afastados dois professores e exonerados quatro funcionários que ocupavam cargos comissionados no colégio. A diretora alegou que as demissões garantem a governabilidade. "A partir do momento que se posicionaram contra mim, deveriam ter pedido demissão e, como isso não aconteceu, eu preferi afastá-los", argumentou Maria Madselva. A diretora preferiu não informar os nomes dos quatro funcionários.

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