O clima é tenso no acesso ao Morro da Providência, onde poucos circulam pelas ruas e vielas, na manhã desta quarta-feira (30). Moradores que saem para ir ao trabalho afirmam que vão “tentar voltar mais cedo”. “O clima está tenso. Vamos esperar a chegada de reforço policial para subir”, admitiu um agente.
Em protesto contra a morte do jovem Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, baleado por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência, na região central do Rio, os moradores atiraram pedras contra 12 ônibus que saíam da garagem da empresa São Silvestre, perto de um dos acessos à comunidade, nesta quarta.
Na empresa, funcionários exibiam pedregulhos encontrados dentro dos veículos. Na segunda-feira, 29, dois coletivos já haviam sido alvejados. Um homem morreu, atingido por estilhaços.
Os cinco policiais filmados forjando a cena do crime foram indiciados por fraude processual. Todos eles estão presos administrativamente no Batalhão Prisional. O caso é investigado em Inquérito Policial Militar (IPM) e pela Divisão de Homicídios (DH).
Pela manhã, equipes da Corregedoria da Polícia se preparavam para realizar perícia nas áreas onde teria havido confronto. O enterro de Eduardo Felipe será às 13h, no Cemitério São João Batista.
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