A rebelião dos presos da unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) terminou por volta das 10h10 desta quarta-feira (7), praticamente 24 horas depois do início do motim. Neste horário, os presos desceram do telhado da unidade e um deles acenou gesticulando o fim da rebelião. Um silêncio tomou conta do local.
As negociações foram encerradas após uma madrugada tensa. Dois presos conseguiram fugir e pelo menos três ficaram feridos e permanecem internados no Hospital Universitário (HU). Ainda não há informações sobre outros detentos feridos dentro da unidade. Mas viaturas do Samu e Siate, com as sirenes ligadas entrando na PEL II após o fim do motim, sinalizavam a possibilidade. Às 11h30, os bombeiros informaram extraoficialmente que cerca de seis detentos foram levados para hospitais. Já a PM confirmou que oito presos ficaram feridos e foram socorridos.
Presídios do Paraná seguem problemáticos
Leia a matéria completaO fim da rebelião foi confirmado pelo capitão da Polícia Militar Marcos Tordoro. Segundo ele, os presos se renderam e retornaram para as celas. Agora, a PM vai avaliar os estragos na unidade e fazer a contagem dos presos. Ainda não há informações sobre a necessidade de transferências.
Um detento tentou pular o muro da PEL II, mas a PM conteve a fuga com tiros de borracha. Por volta das 11h30, o helicóptero do Graer pousou ao lado da penitenciária e uma fumaça vinda de dentro da unidade podia ser vista do lado de fora.
O helicóptero do Graer sobrevoa a região e ajuda na busca dos presos que conseguiram fugir da penitenciária.
A PM informou que as informações sobre a rebelião serão dadas em coletiva de imprensa, a ser concedida em Curitiba.
Em rápida entrevista coletiva após o encontro dos governadores do Codesul, em Curitiba, o governador do estado, Beto Richa (PSDB), no cargo desde 2011, reclamou da situação do sistema prisional que recebeu de seu antecessor, Roberto Requião (PMDB), para falar sobre a rebelião ocorrida em Londrina.
“Temos várias unidades para serem construídas que vai aliviar essa situação no sistema prisional do estado do Paraná. Recebemos um governo com a pior situação do Brasil, num dado oficial divulgado pelo Ministério da Justiça, através do Depen. Fizemos várias ações de retirada de detentos de delegacias, de unidades de custódia, transferindo para as penitenciárias. E com a construção e ampliação de 20 unidades nós certamente teremos uma situação mais aliviada e certamente sem ter mais a superlotação nessas unidades como tínhamos no passado”, disse o chefe do governo do estado.
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