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TRANSPORTE COLETIVO

Após quatro dias, acaba greve do transporte coletivo em Curitiba

A Leblon Transporte de Passageiros Ltda ainda está inadimplente. A viação opera linhas de Fazenda Rio Grande. | Gazeta do Povo
A Leblon Transporte de Passageiros Ltda ainda está inadimplente. A viação opera linhas de Fazenda Rio Grande. (Foto: Gazeta do Povo)

Quatro dias após ter sido deflagrada, a greve de ônibus em Curitiba e região metropolitana chegou ao fim na noite desta quinta-feira (29). Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), entrou na conta dos trabalhadores os vales das duas últimas empresas que ainda não haviam depositado os valores pendentes desde o último dia 20. A paralisação estava parcial desde a última quarta-feira (28), mas foi total nos dois dias anteriores.

O pagamento integral dos 40% de adiantamento salarial era pré-condição para que 100% da frota voltasse à operação. No final da tarde de hoje, o Sindimoc havia informado que a empresa Leblon Transporte de Passageiros Ltda e a Viação Nobel ainda estavam inadimplentes. As viações operam linhas de Fazenda Rio Grande. No site da Leblon, estão listadas sete linhas metropolitanas – entre elas Fazenda Rio Grande/Pinheirinho, que transporta mais de 8 mil passageiros por dia.

As duas viações, diz o sindicato, funcionam no mesmo endereço, mas elas têm CNPJs diferentes. O depósito que pôs fim à paralisação parcial dos ônibus foi confirmado às 19h40 desta quinta-feira.

O desfecho da greve foi intermediado pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), que havia determinado na última terça-feira o retorno de 80% da frota até que os vales atrasados fossem repassados aos trabalhadores. A decisão havia sido tomada pelo desembargador Luiz Eduardo Gunther.

A falta de pagamento do vale dos funcionários foi motivada pelo atraso no repasse dos subsídios estadual referentes aos três últimos meses de 2014. Na última terça-feira (27), o governo estadual prometeu depositar R$ 5 milhões para quitar os vales e propôs pagar outros R$ 11 milhões em cinco vezes. Urbs e Comec ainda discutem um novo convênio para manter a integração metropolitana entre 14 municípios da Rmc.

Novos capítulos

Os próximos capítulos desse imbróglio passam pelo provável aumento da tarifa paga pelo usuário e pela negociação entre Urbs e Comec para garantir a manutenção da tarifa única metropolitana. Na última quarta-feira (28), o prefeito Gustavo Fruet disse que até sexta-feira (30) anunciará as novas tarifas dos ônibus que circulam dentro de Curitiba. A medida pressiona o governo do estado a aumentar sua proposta de subsídio para garantir a tarifa integrada.

Já no próximo dia 5 de fevereiro, uma nova audiência está marcada no TRT-PR para discutir o aumento salarial dos trabalhadores. Uma nova greve não está descartada, caso haja novo atraso no pagamento (previsto para o dia 6) ou o diálogo não seja suficiente para definir o porcentual de reajuste da categoria.

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