Traficante preso em Curitiba é acusado de ser um dos principais traficantes da região central da cidade
- RPC TV
Foi preso nesta sexta-feira (28) Adelson Alves da Silva, mais conhecido como "Chupa-Cabra", considerado pela Polícia Militar um dos mandantes do tráfico de drogas na região central de Curitiba. Ele chegou a tentar subornar os policiais com R$ 10 mil. Também foram detidos Nilcéia Sois, 33 anos, e Paulo Roberto Costa, 52, suspeitos de serem comparsas do traficante.
Segundo o tenente Pablo Felipe Galante, do pelotão de motos do 12º Batalhão da Polícia Militar, a operação foi iniciada por dois policiais de folga que resolveram investigar uma denúncia. "Os dois estavam conversando pelo MSN [programa de mensagens instântanas da Microsoft] quando viram que havia uma denúncia urgente na tela da polícia", conta Galante. A dupla de policiais era composta de um soldado do mesmo agrupamento de Galante e outro da Força Samurai, especializada em lidar com traficantes.
A denúncia dava conta de uma transação do Chupa-Cabra, que se daria na região central de Curitiba. Os dois policiais teriam feito uma vigília de mais de duas horas e supostamente viram Costa, dentro de um Gol verde estacionado nas imediações da Avenida Sete de Setembro, a ponto de comprar uma sacola com cerca de cem buchas de crack de Chupa-Cabra.
Com o reforço policial, Galante conta que foi dada voz de prisão aos dois. Chupa-Cabra correu por quatro quadras do Centro, mas logo jogou no chão seu revólver calibre 38 e se rendeu.
Recursos
A PM afirma que o traficante chegou a oferecer R$ 10 mil reais para os policiais o soltarem. "Fingimos que aceitamos o dinheiro. O Adelson combinou com a cunhada para ela trazer o dinheiro na Praça Tiradentes", diz Galante.
A Praça Tiradentes contém câmeras de vigilância. Os policiais dizem ter imagens de Nilcéia oferecendo uma mala com o dinheiro. Segundo a polícia, a negociata será usada para incriminá-los. No apartamento de Chupa-Cabra a polícia ainda diz ter encontrado 500 gramas de pasta base de crack e cerca de 4 mil euros, além de celulares e balanças de precisão. Todo o material apreendido foi entregue à Polícia Civil.
Os algemados
Chupa-Cabra diz ser de São Paulo e nega ser traficante. "Prenderam-me e colocaram a culpa em mim de toda essa droga", argumenta o suspeito. A Polícia Militar diz que ele tem envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa paulista. As acusações são negadas pelo preso.
Nilcéia Sois diz que não sabia de nada e nega estar envolvida com o tráfico de drogas. Questionado sobre as acusações, Paulo Roberto Costa apenas disse estar "locão".
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